Nada de novo (para lá da raia)?

Publicado em L&LP, AP e CL
um blogue desalinhado



Segundo nos contam, Margarida Rebelo Pinto [MRP] e a Oficina do Livro requereram providência cautelar visando o impedimento de distribuição e / ou venda de Couves e Alforrecas: Os Segredos da Escrita de Margarida Rebelo Pinto, de João Pedro George.

Via Elise fiquei a saber que ontem, no Porto, na Capela do Hospital de São João, se realizou uma celebração ecuménica com o objectivo de lembrar que (lê-se em comunicado do Serviço Religioso do dito hospital) está "por regulamentar a Lei da Liberdade Religiosa no que respeita à assistência religiosa por parte de outras Igrejas cristãs e outras religiões". Parece-me justo e oportuno que tal aconteça, e registo o facto de, há já varios meses, não recordo se No Adro se A Bordo, ler um incitamento a que este mesmo tipo de iniciativa fosse tomado por parte da Igreja Católica portuguesa. Fico muito feliz. A doença é, para a maior parte de nós, um acontecimento excepcional que fragiliza e perturba profundamente, que marca um antes e depois, no feliz caso de haver um terreno depois. O apoio espiritual é fundamental para todo o crente, pelo que urge a regulamentação desse mesmo direito. Para todo o crente, repito.


Faço minhas as palavras de Rui A. na sua referência ao "churrasco" que está em vias de torrar de vez o C.D.S. Esta oposição pouco leal a um líder legítimo por gente com quem eu até simpatizava, mas que não soube manifestar vontade e organizar-se no último congresso, é um espectáculo lamentável (e de tirar as últimas ilusões a espectadores ainda interessados, como eu).Etiquetas: Almanaque
O Xoán Vasco faz hoje quatro anos. Vai celebrá-los com os colegas na escola. Têm bolo, coca-cola, guardanapos e copos do Nodi, além de sapos e golfinhos de "borracha" para se encatarem enquanto comem. À tarde vamos comprar brinquedos. No Domingo à tarde é a festa lá em casa. Parabéns ao Vasco, parabéns à Mãe e, já agora, parabéns ao Pai, este vosso criado!
[reprodução colhida aqui]




Pouco se tem discutido o Março de 2006, em Paris. O André Belo escreveu, na capital francesa, uma crónica que se pode ler aqui. Aguardo mais posts do André sobre o assunto. Há um nome que ainda não vi aplicado à proposta do «Contrato de Primeiro Emprego» de Dominique de Villepin: racismo. Nesta caso, trata-se de racismo etário: os menores de 26 anos poderiam ser despedidos sem qualquer justificação. Eventualmente por patrões que, durante o Maio de 68, andaram a apedrejar a polícia. Se decidirem despedir, sem causa assinalada, será o Estado francês a pagar a indemnização aos trabalhadores, com o dinheiro arrecadado aos contribuintes. Estamos de novo perante o esboço de uma utopia: o capitalismo inimputável.
O Público de hoje trazia como manchete: «Sul-africanos da Telekom envolvidos/no contra-ataque à OPA sobre a PT». No sóbrio artigo da página 34 fiquei a saber que o objectivo dos sul-africanos da TSA era obter uma posição relevante mas não dominante na empresa. Tanto o jornal como os telejornais que vi acentuavam, no entanto, a componente estrangeira de uma eventual manobra de contra-ataque à OPA da Sonae.



Etiquetas: Almanaque

Sobre o discurso de Cavaco Silva não há muito a escrever e Constança Cunha e Sá já o escreveu aqui. Num ponto estou de acordo com Luís Aguiar Santos: socialismo democrático e social-democracia são duas expressões para a mesma ideia. E Cavaco Silva é um social-democrata. O que o distingue dos socialistas é mais a forma do que o conteúdo. Ou o muito português «diz-me com quem andas dir-te-ei quem és». Se Cavaco se afasta da social-democracia é por pragmatismo, não por convicções ideológicas de direita. A mesma atitude tem Sócrates em relação ao socialismo. Ambos fizeram as mesmas promessas e farão tudo para atingir os mesmos objectivos. O problema é se os objectivos de aumentar a competitividade e baixar o desemprego não forem atingidos. Nesse caso, a tentação de cada um acusar o outro de «força de bloqueio» será muito forte.
O ponteiro dos minutos parece avançar muito depressa entre as oito e as nove da manhã. Olho com inquietação qualquer ajuntamento de carros. Temos engarrafamento? Não, nem por isso. Estou quase a chegar. Suspiro de alívio. Cá estou, por fim, na rua. Um polícia impede-me a passagem. Obriga-me a um desvio. Estaciono o carro a umas boas centenas de metros do meu destino. Volto à rua, a pé. Observo um carro parado no meio do asfalto. O condutor discute com dois polícias. Subo a rua. Observo a fila de automóveis com bandeirinhas de países. Do céu, chega-me o ruído compassado de um helicóptero.

[De cima para baixo, no sentido dos ponteiros do relógio, Ana de Castro Osório (1872-1935); Adelaide Cabete (1867-1935);Elina Guimarães (1904-1991); Maria Veleda (1871-1955) ]
Tive pena pelo Liverpool, a sério, mesmo. Afinal como convidado no Reino Unido devo mostrar uma certa contenção, bom senso, nada de licenciosidades. (Ou será o contrário?)
Fica sempre bem dar uma prova de que os atavismos político, clubísticos e nacionais não funcionam em pessoas civilizadas.
Só foi pena não estarem de vermelho.
E não terem marcado mais um.

Tuned In, do crítico norte-americano James Poniewozik, é um óptimo blogue sobre televisão. Para os indefectíveis da entrega das estatuetas aqui fica o rescaldo da 78ª edição em geral, e da prestação de Jon Stewart em particular. A não perder.