segunda-feira, março 15, 2010

Hoje, uma homenagem justíssima

Não podendo estar, fica a divulgação.

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segunda-feira, março 08, 2010

Divulgar, não queimar

O ano passado, um abaixo-assinado à Assembleia e uma carta aberta ao Primeiro Ministro foram lançados pelo Movimento Internacional Lusófono. O objecto, a destruição de livros por parte de editoras, mesmo do Estado (INCM). Agora, que a Leya caiu nas notícias por causa dessa prática, é bom ver que quem estava vigilante o ano passado assim continua.
As eleições passaram, talvez o jornalismo queira seguir o que se passa nestes casos. Na Sexta, Ruben de Carvalho, na SIC Notícias, falava do estado a que chegou a revisão do Diário da República...

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sexta-feira, março 05, 2010

Sem mais

Garcia Pereira, aqui, diz o essencial. Mesmo discordando ideologicamente ou em algum pormenor prático, é bom que haja Esquerda a falar assim. Muitos, mesmo no PS, poderiam aprender.
A propósito: no ano que vem, muitos voltarão a protestar contra a candidatura presidencial de Garcia Pereira. Mas lembro-me bem como, em 2006, bastou a este candidato meia hora com Judite de Sousa para responder e falar como um candidato de ideias claras, coisa que não vi a nenhum outro. Independentemente de todas as divergências ideológicas, valeria bem a pena que os restantes candidatos fossem medidos pelo padrão da clareza e rigor dessa entrevista.

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terça-feira, março 02, 2010

Do bode expiatório ao bufo espiatório

Muito se tem escrito sobre o Simplex. Eu ando com pouca vontade de escrever, pouco tempo, como se tem visto neste blogue. Dito isto ainda tenho mais qualquer-coisinha que escrever, inspirado pelo meu colega de blogue que teve a paciência de referir um caso que nem sequer o involve, ao contrário de mim que fiz parte, com todo o gosto, dessa perigosa associação de malfeitores a justificar divulgação de e-mail privados nalguma imprensa. Eu resumia o muito que podia dizer a isto:

portugueses que não parecem dispostos a assumir que não gostam do governo, do PS, do Sócrates porque fizeram reformas necessárias que lhes mexeram nos interesses. Por isso, tem de ser a corrupção, a propaganda, a censura, o carácter, a licenciatura (ó a licenciatura, neste país de doutores sem doutoramento!) Não são uns interesseiros, são uns heróis da democracia.

jornalistas que não querem assumir que estão desesperados por escândalos para vender e por isso estão dispostos a sacrificar a ética e a qualidade do jornalismo, o direito de resposta e o contraditório. Portanto o que está em causa é a liberdade de expressão, a censura, o regresso da PIDE (ó a PIDE, neste país onde a liberdade de insultar o governo nunca foi tão grande!) Não são uns interesseiros, são uns heróis da democracia.
Para todos esses, e mais os que acham que a maior crise mundial desde 1929 é culpa do governo há um bode expiatório - o Sócrates. Como se os problemas do país ou da imprensa se resolvessem com mudanças de governo, ou de primeiro-ministro, ou até de regime.

E depois há um epifenómeno insignificante, um bufo espiatório, o Carlos Santos, um pouco católico professor de economia em busca de protagonismo e colunas nos jornais. Um animal invertebrado que, como tal, tem todas as qualidades para se adaptar com sucesso ao pântano em que querem transformar o país. É mais um que não é um interesseiro, claro, é um herói da democracia, um paladino da liberdade de expressão (ó a liberdade de expressão! Isto do tipo que censurou a publicação de um poste em que eu civilizadamente explicava por que é que não continuava a partilhar um blogue com tal companhia).
Não posso garantir que não haja interesseiros no PS, no governo ou no Simplex. Aliás, parece que pelo menos no Simplex um interesseiro havia. Mas eu continuo a fazer um grande esforço para achar que argumentos, mesmo de burros (um animal dos mais inteligentes que conheço e livres que conheço: não gosta de carregar carga alheia e segue o caminho que bem entende) se combatem com argumentos, e não com sacanices e ataques pessoais. Este poste tenta dar seguimento a essa regra, situando umas sacanices particulares num contexto analítico mais geral. Será talvez filosofia demais para objectos de menos, mas é o que se arranja.

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Agulhas no palheiro

Há uns 3 anos, a propósito da lei do tabaco, discutia com Hugo Mendes, no Peão, a cultura de denúncia que se estava a tornar pública e normal (nessa altura, o assunto era a possibilidade de denunciar anonimamente fumadores em lugares públicos). Histórica na sociedade portuguesa, a sua influência nunca decairá por leis que a contrariem, mas pela reprovação social. Ora, nem leis nem (muito menos!) reprovação. O triste caso «póstumo» do SIMplex (e Regra do jogo) provou até como se recompensa quem denuncia (sem nada provar), como Carlos Santos fez. Hoje, fui a vez de O Jumento, pelos mesmos caminhos ínvios.
No meio deste nojo (e muitos exemplos mais seriam possíveis, não só contra o Governo mas também em sua defesa, pervertida e contraproducente), não falta quem comece a ver o que dá a cultura do insulto fácil e da palmadinha nas costas que vira instantaneamente facada. Pena a demora, pena serem ainda tão poucos...

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