sexta-feira, fevereiro 29, 2008

No vale de Elah

Paul Haggis bem pode dar entrevistas a dizer que não quis realizar um filme com uma mensagem sobre a guerra do Iraque. O último plano do filme não podia ser mais explícito na mensagem que transmite: a bandeira norte-americana colocada de modo a significar um apelo de ajuda internacional, como é previamente descodificado. A questão é que o filme de Haggis, não se reduz a uma obra de propaganda, como Peões em Jogo, de Robert Redford. Tal como Redacted de Brian De Palma, Haggis também recorre aos vídeos feitos por militares norte-americanos no Iraque. Mas a estética e a construção cinematográfica de Haggis vai no sentido oposto ao de Brian De Palma: sobriedade em vez de exuberância formal; silêncio em vez de gritos e explosões; o cinema como meio de dar uma perspectiva mais ampla, decifrar os estilhaços de vídeo, em vez de uma espécie de mosaico gigantesco de diferentes registos audiovisuais.
A interpretação de Tommy Lee Jones, um antigo polícia militar que investiga o desaparecimento do filho, recém-chegado do Iraque, é o eixo do filme, bem secundado por Charlize Theron, no papel de polícia civil. Foi no vale de Elah que David venceu Golias. A metáfora não vale em termos de relações internacionais: foram os Estados Unidos a entrar no Iraque como super-golias - império incomparável e imbatível. É antes uma metáfora da luta que cada homem trava no seu íntimo com os seus gigantescos monstros. Aqueles que só olhando de perto se pode vencer.

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segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Não somos os primeiros a anunciá-lo aqui pela blogosfera

, mas não queremos deixar de chamar a atenção para o facto de estar já a aparecer pelas estantes e escaparates das livrarias A Oposição Católica ao Estado Novo - 1958/1974, aqui do nosso [agora também peão] João Miguel Almeida. Esta obra, uma das primeiras publicadas pelas Edições Nelson de Matos, é fruto revisto e ampliado da dissertação de mestrado defendida pelo João na Universidade Nova de Lisboa, a qual mereceu uma menção honrosa da Fundação Mário Soares. Os nossos parabéns, João.

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Almanaque do Povo

(Trans)Borda de Água: Ainda a propósito de chuvas e estragos da passada semana, repararam na impressionante quantidade de luso-postas nas quais se fez trocadilho com a expressão "sacudir a água do capote"? Não é exagero, confirmem as ocorrências registadas (por exemplo, no Technorati). Pura coincidência, copianço, falta de originalidade? Não faço ideia. Mas que é chato ler o mesmo dito pela enésima vez, lá isso é.

Recomendações: Penso já ter aqui sugerido a visita à HNN, rede de (e para, mas não só) investigadores nascida na Universidade George Mason, EUA, hoje empreendimento independente sem fins lucrativos. Reforço essa recomendação por ser digna de nota a forma como esta rede vem agregando e disponibilizando cada vez mais artigos, recensões, notícias e blogues, agora acrescidos de podcasts e canais especializados. A não ignorar por quem queira saber um pouco mais sobre história e historiografia norte-americanas.

Vi o início dos Espadachins de Ouro: Pois é, Vieira, pensar que em tempos não muito idos a malta comentava o circo de seda de cabo a rabo e em tempo real. Snif. Charlotte, do quarteto de figurinos seleccionado subscrevo entusiasticamente o de Cotillard. De resto, quase tudo demasiadamente safe: vermelhos, pretos e pastéis neo-drapeados. Não é costume. Mas enfim, se Day-Lewis deu um beijinho a Clooney, é porque está tudo bem.

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sábado, fevereiro 23, 2008

Nem sabes no que te meteste,

João! Estava a ver que ninguém me passava este último meme. Vai sair daqui um "lençol" que nunca mais acaba, tens de ter paciência. Pois devo dizer que as palavras de que mais gosto são as muito sonoras. Algumas daquelas que mais uso são:

1. Serigaita; de sentido originalmente pejorativo e bastante datada, ganhou na minha cabeça, com a mudança da condição social feminina, uma patine simpática; aplico-a a alguém espevitado, impertinente, suscitador de inveja admiração.
2. Barrela; padecendo da tara da limpeza, uso-a em momentos de maior agressividade higienizante. Diz que se me raiam os olhos, até.
3. Mesureiro; indivíduo extremamente coladiço e mal-disfarçadamente rebarbativo. Pessoa que se desfaz em elogios e/ou com-licenças num tom de voz EduardodeSá. Característica frequente nos profissionais da restauração, acompanhada de alto débito de diminutivos.
4. Langonha; a pessoa di-la vem logo um travo a coisa estragada, fermentada, peganhenta. Blhec.
5. Retinto; um dos meus adjectivos favoritos, uma espécie de bold/negrito que antes de ser já o era.
6. Saracotear; muito feminil e luso-tropicalão, este verbo. Depreciativo (funciona bem na narração de historinhas boateiras e maledicentes), mas não demolidor.
7. Avantesma; quem nunca viu alguém que mete medo ao susto, não usa. Uma vez, num supermercado perto de Arganil, vi entrar uma família de seis pessoas todas com ar de elo perdido, e percebi o conceito.
8. Trambolho; o que estorva mais que um mono. Aplico-a muito a mim mesma, nos dias que me dão para deixar escorregar copos e bater com os joelhos nas esquinas das cadeiras.
9. Peripaque; só os sobressaltados dizem palavras destas. Também há a sulipampa (que às vezes também dá para o gasto).
10. Fífia; sabe a assobio, dá vontade de vaiar e tudo. Lembro-me muito dela nas missas, ocasião onde o défice da educação musical nacional é...gritante.
11. Tiritar; muito sazonal, soa a bater de dentes. Apropriada durante mais umas semanas.
12. Abrenúncio!; pode não esconjurar nada, mas alivia.

Para acabar, duas palavrinhas tão gastas e mal-tratadas nos últimos tempos que dá vontade de as pôr em quarentena:
a) Desertificação para aqui, desertificação para ali, quando o que as pessoas querem dizer é DESPOVOAMENTO.
b) Espectacular [com e sem ponto de exclamação], o adjectivo da moda usado de Trás-os-Montes à Ilha da Fuzeta para qualificar qualquer coisa ou pessoa de que se gosta.

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Lavagante. Encontro desabitado

«AJUDE-ME», tinha dito Cecília, no momento em que deixaram a adega e entraram no carro. E logo a seguir, encolhera-se na outra ponta do assento, distante do companheiro. “Preciso de si”, murmurou tristemente, como quem se confessa, fitando o limpa-pára-brisas a girar. Trraac, tac…trrac, tac…
Não se lhe via o rosto; o rosto estava oculto pela gola levantada do casaco. De cabeça apoiada no vidro da janela, a rapariga ia como um passageiro estremunhado. De olhos acesos, num silêncio de morte.
Trraac, tac…trraac, tac…o limpa-pára-brisas riscava num bater triste e igual as ruas da cidade, o Rossio, a Avenida, os operários que trabalhavam à luz dos holofotes, debaixo da chuva miúda.
Daniel conseguira mudar a face das coisas nesse fim de noite infeliz, e mudando-as, afastara para longe a lembrança do Sapo e o peso das confidências diante de duas ou três garrafas vazias e duma toalha traçada à faca pela mão inquieta duma jovem. Conseguira-o, felicitara-se por isso. Doutra maneira seria o strip-tease que conduz ao amor confessional e o amor confessional é a coisa mais complicada que Deus ao mundo deitou. Mas, e agora?»
PIRES, José Cardoso, Lavagante. Encontro desabitado, Lisboa, Edições Nelson de Matos, 2008, pp. 49-50.

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Doze palavras

Aproveito uma série iniciada aqui para divulgar as minhas doze palavras preferidas em português: aleivosia, alfazema, azougado, batata, bátega, carraspana, cuinca, desvelo, formosa, gregório, puré, regouga.
Sugiro aos meus colegas de blogue que escolham as suas doze palavras. Tenho particular curiosidade em relação à escolha da Ana Cláudia Vicente.

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Disciplina romana

Este blogue tem de reagir à inércia. Precisa de disciplina romana. A minha primeira medida é anunciar que, a partir de agora, posto aqui regularmente, a dia fixo – sexta-feira.

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

A casa de campo

A retirada que anunciei há tempos é for real. Alguém que é uma autoridade nestas coisas já a deu como um dos factos de 2007. Faltava uma despedida formal (estão a lê-la) e uma explicação (que se segue). O blogue colectivo é um género de casa de cidade, com compromissos e exposição diária, e dessa vida, mesmo que só em termos cibernáuticos, desinteressei-me; isto é diferente de desaparecer, pois implica ir para algum lado, uma casa de campo, que é como vejo o blogue pessoal – longe da urbana feira de vaidades, de difícil acesso e pouco frequentado, no qual vou depositando e limando coisas feitas noutro ritmo. Sempre que valores mais altos se levantam, Vale de Lobos ou Beaconsfield são o destino obvio, mas sempre com a porta aberta para os amigos ou para quem vier por bem. A rivederci...

Almanaque do Povo

Destaque: para o blogue Os Livros Ardem Mal, registo homónimo dos encontros mensais sobre livros e escritas que vão acontecendo no Teatro Académico Gil Vicente, em Coimbra.

Divulgação: O 4º colóquio 2007/2008 promovido pelo Centro de Reflexão Cristã terá lugar já amanhã, no sítio do costume, e abordará o cristianismo nos media portugueses. Com chuva ou sem ela, o painel promete conversa animada: intervirão António Marujo, Francisco Sarsfield Cabral, José António dos Santos, Manuel Vilas-Boas e Paulo Rocha. Apareçam.

Coisas bonitas: Decorridas, entre outras, as semanas de moda (Outono/Inverno 2009) de Nova Iorque, Londres e Milão, e aproximando-se a largos passos a de Paris, enviamos desde já felicitações à ModaLisboa, que entre 6 e 9 de Março terá a sua trigésima edição, desta feita no Casino Estoril. Quem não puder lá ir mas quiser ir sabendo o que emerge do evento poderá passar pelo recém-criado blogue. Excelente iniciativa: quem como esta que aqui escreve tem interesse em acompanhar o que vão fazendo os designers portugueses exaspera-se com o enquadramento quase exclusivamente cor-de-rosa-fútil que a comunicação social, mesmo a "de referência", tende a dar destes eventos sazonais, como se a moda fosse uma futilidade, e não uma actividade produtiva (e expressão artística) relevante. [Perguntinha de algibeira: alguém sabe se existe um sartorialist ou dévisageur, cá pelo burgo?]

Coisas tristes: muitas foram as vezes que que passei pelo local entre Queluz e Belas onde hoje, por causa da enxurrada da madrugada, se despistou um automóvel com duas pessoas (uma falecida e outra, até agora, desaparecida). Aquele troço da EN 117 (Avenida Miguel Bombarda/Rua Alexandre Herculano, que fazendo há décadas a ligação entre ambas as localidades ainda não mereceu um passeio para os peões que aí circulam, pelo que os atropelamentos não são raros) segue paralelo e colado à ribeira do Jamor, atravessando um quadro de total insensatez urbanística. Ali, como pela ribeira acima e abaixo, foi autorizada a edificação de dúzias de prédios em leito de cheia. Ligando uma cidade a uma vila praticamente contínuas, não sei se terá responsabilidade sob esse pedaço da EN 117 a autarquia (que tutela a manutenção viária no interior dos aglomerados urbanos), se o poder central. Mas faz muita confusão que o ministro Nunes Correia, logo à partida e com tanta pressa, se tenha descartado de eventuais responsabilidades quando se estão ainda a apurar casos e estragos. Última nota: querem saber qual o nome escolhido (pelo seu construtor) para o prédio que se ergue (desde meados dos anos 90) em frente do local em causa? Edifício Titanic. Não, não estou a gozar.

Adenda
: o Berra-Boi esclarece aqui o imbróglio fluvial. Tendo em conta que já escrevi sobre isto [... momento publicitário], devia saber a coisa de cor. Fica a correcção.
[Imagem: um dos velhos almanaques gauleses dos PTT]

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domingo, fevereiro 10, 2008

Sermão da Quaresma

«Ora, senhores, o tempo em que se faz esta lavoura, é este da Quaresma. Este é o tempo de semear. Não faltam pobres. Para que cuidais que se faz a Quaresma? Para duas cousas: para jejuar e para dar esmola. O que agora direi é de Santo Agostinho, de Santo Ambrósio, e de todos os Doutores. Nos dias que não são de jejum comemos duas vezes: jantamos e ceamos; nos dias que são de jejum comemos uma só vez: jantamos e não ceamos. E para quê? Para que dêmos aos pobres o que havíamos de cear. Jejuar e guardar pão, não é abstinência, é avareza. Pois assim como a avareza tira o merecimento ao jejum, a esmola lho acrescenta. Dêmos esmola, e todos, que todos a podem dar. Os que têm muito dêem do muito, os que têm pouco, do pouco, e os que não têm que dar, tenham paciência de não ter, e desejo de poder dar por amor de Deus.
Bem sei que há muita caridade nesta terra, mas não posso deixar de estranhar uma muito grande falta que aqui há. É possível que numa cidade tão nobre, e cabeça de um estado, não haja um hospital, e que a Misericórdia não sirva mais que de enterrar os mortos? Vede o que há-de dizer Cristo no Dia do Juízo: Venite benedicti Patris mei, possidete paratum vobis regnum: esurivi enim, et dedistis mihi manducare: sitivi, et dedistis mihi bibere: hospes eram, et collegistis me: infirmus, et visitastis me. Notai, primeiro: que não fez menção do enterro dos mortos, porque a principal misericórdia é com os corpos vivos: Esurivi, et dedistis mihi manducare: sitivi, et dedistis mihi bibere. Segundo: que fez menção da casa de hospitalidade para os peregrinos e enfermos: Hospes eram, et collegistis me: infirmus, et visitastis me. Terceiro: que eu não disse foram enfermos os outros, senão fui enfermo eu, não disse foram peregrinos os outros, senão fui peregrino eu, e hospedaste-me e visitaste-me: «Hospes eram, infirmus: et collegistis me, et visitatis me. Pois seria bem que viesse Cristo a esta cidade com fome, com sede, despido, peregrino, enfermo, e não haver uma casa onde o hospedar? Melhor fora não haver na Misericórdia igreja, que não haver hospital, porque a imagem de Cristo que está na igreja, é imagem morta, que não padece: as imagens de Cristo, que são os pobres, são imagens vivas que padecem. Se não houver outro modo, converta-se a igreja em hospital, que Cristo será mui contente disso. Fazei casa aos pobres, que Deus vos fará casa a vós: tirai de vossas casas com que a fazer, que Deus vos lançará sobre elas uma bênção, como a que hoje lançou sobre o pão dos Apóstolos, com que tudo se acrescente e se multiplique com grandes aumentos de bens temporais e da graça, penhor da Glória: Ad quam, etc.»
Padre António Veira, Sermões, Vol. II, Porto, Lello & Irmão Editores, 1959, pp. 72-73.

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sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Anonimato, mas pouco

Hoje, pela terceira vez nas últimas semanas, reparo que uma reportagem no noticiário da SIC apresenta alguém que dá o seu testemunho a um jornalista sob reserva de anonimato, mas que está reconhecível. Quero com isto dizer que o seu perfil e a sua roupa não são ocultados na imagem, que a distorção da sua voz é mínima, e que a face aparece tão pouco pixelizada que quem quer que conheça vagamente esse anónimo(a) o(a) identificará sem grandes problemas. Percebo que a alteração da imagem e do som em televisão se apresentem como um desafio; porque são inestéticas a um ponto quase cómico, são constante motivo de inúmeras rábulas de humor. Mas a estética não interessa para nada quando o que está em causa é a integridade de quem dá um testemunho. Digo eu.

[Imagem: iStockPhoto]

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quinta-feira, fevereiro 07, 2008

Para a História do Regicídio


Cem anos depois de ter ocorrido o regicídio ainda causa mais exaltações do que reflexão. É portanto de saudar a iniciativa de Alice Samara e de Vítor Neto de organizarem um colóquio dedicado ao tema. As intervenções e o debate dividem-se por dois dias, 8 e 9 de Fevereiro, e seis secções: conjuntura política (1906-1908), acontecimentos e protagonistas, doutrinas e organizações, notícias sobre o atentado e comunidade internacional, consequências políticas, análise comparativa. O colóquio realiza-se na Sala do Conselho-União de Associações do Comércio e Serviços (Rua Castilho, 14). A entrada é livre. Vão por mim que eu, infelizmente, não posso ir.

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segunda-feira, fevereiro 04, 2008

Inimigo do Povo 2007: António Correia de Campos


Eis a minha nomeação para o (ainda experimental) prémio anual inspirado na obra de Ibsen.

Porquê? Porque está interessado em gastar melhor o nosso dinheiro na saúde. Além disso é um visionário: percebeu que (ao contrário de há 30 anos atrás) existem auto-estradas em Portugal. Como não se ficou pelo amor fácil pelo povo viu-se rodeado de ataques de turbas e populistas que um Dr. Stockmann não estranharia.
Certo parece ser que - com ou sem prémio - o ano de 2008 lhe será mais fácil do que o de 2007. Veremos se a saúde do povo (a real, não a folclórica) sofre com isso ou não.

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Pormaiores



A ficção para televisão em contexto de época exige muito de quem a faz. Nenhum décor, traje, interjeição verbal ou enquadramento paisagístico podem ser propriamente naturais, e no entanto têm de parecê-lo. Mesmo sem orçamentos hollywoodescos, está provado que é possível levar a cabo boas produções. Internacionamente, veja-se o que a LWT (e depois a Granada) conseguiu em Poirot. Por cá, achei Bocage, dos mesmos autores de O Dia do Regicídio, produção bastante aceitável. Não tão boa, em termos globais, quanto a metade oitocentista de Nome de Código: Sintra, ou Até Amanhã, Camaradas, ainda assim bastante aceitável. Por isso não percebo como pôde essa mesma equipe fazer agora tão fraca mini-série. Podia referir a falta de economia narrativa, a pobreza dos diálogos, a fixidez (e excessiva duração) de cada plano, mas fico-me pelas barbas do Buíça. Ante um postiço ridículo*, quantos espectadores não mudarão imediatamente de canal? Uma pena, dado o empenho de actores como Pedro Carmo (Aquilino Ribeiro), Virgílio Castelo (Afonso Costa), Afonso Pimentel (Luís Filipe de Bragança) e Diana Costa e Silva (Maria).

* em empate técnico com o capachinho do Dr. Mello Breyner.

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sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Todos os portugueses não são só alguns portugueses [texto cheio de maiúsculas não-aleatórias ]

Não pensei que ainda houvesse quem gostasse de confundir Regime e Nação, mas afinal há. Fico por isso feliz que o Presidente tenha feito questão de afirmar que só se dignifica o primeiro se se honrar - sem rasuras - a memória da segunda. A sua República é a minha República.