segunda-feira, agosto 02, 2010
sábado, julho 17, 2010
Especial fim de semana
De novo apoiado noutro poiso, um exercício no amigo do povo em estilo Paul, o polvo...
Etiquetas: DN; Estado da Nação; Portugal, temporada 2010/11
quinta-feira, julho 08, 2010
Os Inimigos do Polvo
Reverenciado desde 2008, Paul, o poderoso polvo psíquico - perdão, não consegui resistir à aliteração - de Oberhausen tem vindo a acertar em todas as vitórias futebolísticas acerca das quais foi questionado. Em consequência, parece que os ingleses o querem fritar com batatinhas, os argentinos macerar em azeite e piri-piri, e os alemães fazer dele conserva. Acho mal, e espero que sobreviva a tais ameaças para que possamos interpelá-lo acerca do futuro da moeda única europeia, do alargamento, da guerra no Afeganistão e da Primeira Liga Portuguesa de Futebol.
Etiquetas: Mundial 2010
segunda-feira, junho 28, 2010
Futurologia
Se Portugal amanhã ganhar à Espanha estará na final do Mundial. Em teoria, a selecção espanhola é o adversário mais difícil que Portugal encontrará pelo seu caminho, uma vez que beneficia do facto dos gigantes do futebol se abaterem mutuamente... déjà vu da altura em que o FC Porto de Mourinho ganhou a Liga dos Campeões.
domingo, junho 27, 2010
As melhores desculpas são singulares...
O segundo prémio Nobel português foi sempre um homem polémico. Por razões políticas, muitos não o apreciavam e alguns terão tido motivos pessoais para tal. No plano pessoal, as suas atitudes chocavam algumas pessoas e não ajudaram a consensualizar a sua imagem. Não se preocupou muito com isso. Na literatura, algumas das suas ousadias estilísticas nunca foram bem aceites em certos meios. O próprio Cavaco Silva afirmou que os livros de Saramago lhe desagradavam porque tinham vírgulas em excesso. Mas as explicações dadas por Cavaco Silva para justificar a sua ausência do funeral de Saramago desagradaram a muitos portugueses e parecem ter demasiadas reticências. Por um lado, disse que não conhecia Saramago. Por outro, disse que não era amigo dele e finalmente alegou que prometera aos netos mostrar-lhes as belezas dos Açores. São demasiadas desculpas e, como normalmente é próprio das desculpas múltiplas, são pobres.
sexta-feira, abril 16, 2010
Almanaque do Povo
O Bom Fruto: Tantos parabéns devidos e em atraso, senhores. Aos veteranos Luís Miguel Dias e Carla Hilário Quevedo, (por sete anos de partilha das suas curiosidades e observações); ao Ma-Schamba (pelo mais bem sucedido aumento de blogo-plantel de que me lembro - vide, por exemplo, as 25 horas de sono de A. Botelho de Melo); ao Lourenço Cordeiro (saúde à alargada família, e um atrasado agradecimento pela simpatia em certa concentração de bloggers, há que tempos). Com o recente incremento do sarcasmo, do bold, das maiúsculas e da dureza de ouvido (que como diz o Luís Carmelo, os blogues têm tom, e há quem custe a dar com ele) pela lusoblogosfera, uma pessoa quase se esquece de celebrar quem de há anos se mantém constante, generoso e interessante no que vai publicando.
Vem: A quem interessam a implicações morais da questão ecológica, permitam-me recomendar o colóquio a haver na próxima terça-feira, 20 de Abril, pelas 18:30h, intitulada Espiritualidade e Ética Ambiental: novas perspectivas e práticas, promovida pelo Centro de Reflexão Cristã no CNC, ao Chiado. O programa completo e as indicações do local encontram-se aqui.
Da Boa Semente: Caso não conheçam, recomendo a Biblioteca Digital de Botânica, produto de um esforço da Universidade de Coimbra em disponibilizar o acervo do Departamento de Botânica a todos os utilizadores da web. A simples possibilidade de se admirar as aguarelas de Júlio Henriques justifica a visita.
segunda-feira, março 15, 2010
Hoje, uma homenagem justíssima
Não podendo estar, fica a divulgação.
Etiquetas: blogs, Prof. Silva Lopes; homenagem pública
segunda-feira, março 08, 2010
Divulgar, não queimar
O ano passado, um abaixo-assinado à Assembleia e uma carta aberta ao Primeiro Ministro foram lançados pelo Movimento Internacional Lusófono. O objecto, a destruição de livros por parte de editoras, mesmo do Estado (INCM). Agora, que a Leya caiu nas notícias por causa dessa prática, é bom ver que quem estava vigilante o ano passado assim continua.
As eleições passaram, talvez o jornalismo queira seguir o que se passa nestes casos. Na Sexta, Ruben de Carvalho, na SIC Notícias, falava do estado a que chegou a revisão do Diário da República...
Etiquetas: INCM; destruição de livros; Leya; Diário da República
sexta-feira, março 05, 2010
Sem mais
Garcia Pereira, aqui, diz o essencial. Mesmo discordando ideologicamente ou em algum pormenor prático, é bom que haja Esquerda a falar assim. Muitos, mesmo no PS, poderiam aprender.
A propósito: no ano que vem, muitos voltarão a protestar contra a candidatura presidencial de Garcia Pereira. Mas lembro-me bem como, em 2006, bastou a este candidato meia hora com Judite de Sousa para responder e falar como um candidato de ideias claras, coisa que não vi a nenhum outro. Independentemente de todas as divergências ideológicas, valeria bem a pena que os restantes candidatos fossem medidos pelo padrão da clareza e rigor dessa entrevista.
Etiquetas: Garcia Pereira; Justiça; presidenciais
terça-feira, março 02, 2010
Do bode expiatório ao bufo espiatório
Muito se tem escrito sobre o Simplex. Eu ando com pouca vontade de escrever, pouco tempo, como se tem visto neste blogue. Dito isto ainda tenho mais qualquer-coisinha que escrever, inspirado pelo meu colega de blogue que teve a paciência de referir um caso que nem sequer o involve, ao contrário de mim que fiz parte, com todo o gosto, dessa perigosa associação de malfeitores a justificar divulgação de e-mail privados nalguma imprensa. Eu resumia o muito que podia dizer a isto:
Há portugueses que não parecem dispostos a assumir que não gostam do governo, do PS, do Sócrates porque fizeram reformas necessárias que lhes mexeram nos interesses. Por isso, tem de ser a corrupção, a propaganda, a censura, o carácter, a licenciatura (ó a licenciatura, neste país de doutores sem doutoramento!) Não são uns interesseiros, são uns heróis da democracia.
Há jornalistas que não querem assumir que estão desesperados por escândalos para vender e por isso estão dispostos a sacrificar a ética e a qualidade do jornalismo, o direito de resposta e o contraditório. Portanto o que está em causa é a liberdade de expressão, a censura, o regresso da PIDE (ó a PIDE, neste país onde a liberdade de insultar o governo nunca foi tão grande!) Não são uns interesseiros, são uns heróis da democracia.
Para todos esses, e mais os que acham que a maior crise mundial desde 1929 é culpa do governo há um bode expiatório - o Sócrates. Como se os problemas do país ou da imprensa se resolvessem com mudanças de governo, ou de primeiro-ministro, ou até de regime.
E depois há um epifenómeno insignificante, um bufo espiatório, o Carlos Santos, um pouco católico professor de economia em busca de protagonismo e colunas nos jornais. Um animal invertebrado que, como tal, tem todas as qualidades para se adaptar com sucesso ao pântano em que querem transformar o país. É mais um que não é um interesseiro, claro, é um herói da democracia, um paladino da liberdade de expressão (ó a liberdade de expressão! Isto do tipo que censurou a publicação de um poste em que eu civilizadamente explicava por que é que não continuava a partilhar um blogue com tal companhia).
Não posso garantir que não haja interesseiros no PS, no governo ou no Simplex. Aliás, parece que pelo menos no Simplex um interesseiro havia. Mas eu continuo a fazer um grande esforço para achar que argumentos, mesmo de burros (um animal dos mais inteligentes que conheço e livres que conheço: não gosta de carregar carga alheia e segue o caminho que bem entende) se combatem com argumentos, e não com sacanices e ataques pessoais. Este poste tenta dar seguimento a essa regra, situando umas sacanices particulares num contexto analítico mais geral. Será talvez filosofia demais para objectos de menos, mas é o que se arranja.
Etiquetas: blogues; bufos
Agulhas no palheiro
Há uns 3 anos, a propósito da lei do tabaco, discutia com Hugo Mendes, no Peão, a cultura de denúncia que se estava a tornar pública e normal (nessa altura, o assunto era a possibilidade de denunciar anonimamente fumadores em lugares públicos). Histórica na sociedade portuguesa, a sua influência nunca decairá por leis que a contrariem, mas pela reprovação social. Ora, nem leis nem (muito menos!) reprovação. O triste caso «póstumo» do SIMplex (e Regra do jogo) provou até como se recompensa quem denuncia (sem nada provar), como Carlos Santos fez. Hoje, fui a vez de O Jumento, pelos mesmos caminhos ínvios.
No meio deste nojo (e muitos exemplos mais seriam possíveis, não só contra o Governo mas também em sua defesa, pervertida e contraproducente), não falta quem comece a ver o que dá a cultura do insulto fácil e da palmadinha nas costas que vira instantaneamente facada. Pena a demora, pena serem ainda tão poucos...
Etiquetas: blogs; jornalismo de sarjeta; civismo e ética republicana
quarta-feira, fevereiro 24, 2010
Música para o povo
A real hot chip. Não é «life changing», mas vale bem a escuta. Às vezes lembra deee-lite , como neste one life stand. Outra, como alley cats, lembra o melhor de Everything but the girl. Mas, música a música, há muita pop aqui: Erasure, communards, bronsky beat, electronic... Não é New Order nem Pet Shop Boys, mas se a fasquia fosse essa poucos valeriam a pena. Estes valem bem. Para quem tem memória para se divertir com ela, não para apoucar o que se vai fazendo - de novo.
Etiquetas: Hot chip;pop;
segunda-feira, fevereiro 22, 2010
Almanaque do Povo
Com papas e bolos: O culto de que Nigella Lawson vem sendo objecto nos últimos anos (e que por cá se expande) parece-me inteiramente devido. Aquele entusiasmo de roda do lume que ora é homenagem familiar e tributo de amizade, ora descarga de energia, ora pura provocação ao caloricamente correcto, faz uma pessoa pergunta-se o óbvio: quando foi a última vez que se viu uma mulher cozinhar ou falar de comida sem sombra de culpa? A filosofia de Nigella é condensada ali pelo minuto e vinte, na forma de um dito de Mae West.
Se enganam: Estamos já em pleno período de cada um escrever de acordo com o acordo que prefere, e assim iremos continuar por uns bons tempos. O que é um bocado baralhante. Valham-nos o Ciberdúvidas e o Priberam.
Os tolos: ...ok, para este item não tenho nenhuma recomendação. À falta de melhor ideia fica este clip do Chain of Fools, na voz da sempre impressionante Aretha Franklin.
terça-feira, janeiro 05, 2010
Recreação periódica
Terá o Cavaleiro de Oliveira sentido algum calafrio agora que ascendeu do seu etéreo repouso à rede neuronal e bloguística, aqui? O nosso exemplar de reformismo religioso não tinha muitas ideias, nem ideias muito originais (ou sequer bem definidas). Mas nisso mesmo é um bom patrono para um blog. Movido por sentimentos nem sempre bons e por métodos muitas vezes maus, será até, talvez, um padroeiro que apenos tardou em ser devidamente descoberto. Mais a mais, poliglota.
Como O Amigo do Povo já está por lá vinculado, esperemos que a nossa magistral Cláudia retribua aqui aos novatos.
Como O Amigo do Povo já está por lá vinculado, esperemos que a nossa magistral Cláudia retribua aqui aos novatos.
Etiquetas: blogs; Cavaleiro de Oliveira
terça-feira, dezembro 29, 2009
Um balanço de 2009...
Uma lição sobre o consumismo, em tempo de ressaca natalícia. Quem não conhecer o exemplo, não faz mal, aplica-se a tudo...
Etiquetas: blogs e humor
segunda-feira, dezembro 21, 2009
segunda-feira, dezembro 14, 2009
Divulgação
Para além do já anunciado colóquio no CNC, eis mais uma opção para o final do dia de amanhã (clicar para aumentar).
Etiquetas: Carlos Leone, Lusófona, OLAE
sexta-feira, dezembro 11, 2009
Clássicos para o Povo: A Pessoa de que se fala
D. Manuel Clemente é o Prémio Pessoa deste ano, o que quer dizer que, pela segunda vez, tenho a satisfação de conhecer e ter consideração e amizade por obras e pessoas altamente consideradas.
Teologia também é cultura, claro está, mas tanto ou mais que teólogo o Professor Manuel Clemente foi (e será, esperamos) um historiador importante e um ensaísta interessado. Numa época em que, por vezes, parece que ser-se crente passou de obrigação a proibição, em que há quem queira preservar o espaço público de qualquer contaminação religiosa (a não ser que venha multiculturalmente envernizada de uma patine exótica); mas em que também não raro as igrejas reagem fechando-se em proibições e anátemas purificadores, uma pessoa com o percurso e o perfil do actual bispo do Porto ganha redobrada importância.
Um importante historiador do religioso – sem sombras da velha historigrafia apologética (clerical ou anti-clerical) – foi uma figura marcante no avanço da História nesse campo pouco explorado (e mesmo quase tabu em Portugal, por razões mais clericais ou anti-clericais), mas incontornável: o do estudo das religiões. Com uma obra centrada sobretudo no século XIX e XX, período conturbado, pouco consensual e quase nada estudado do catolicismo português, D. Manuel Clemente mostrou que a hagiografia de uma igreja sempre martirizada, ou os lamentos de um confissão de Estado confortavelmente instalada e dominadora, estavam, to say the least, longe de esgotar toda a verdade. Através de crises várias, o catolicismo português na sua diversidade, não deixou de evoluir em percursos diversos com os tempos como contra os tempos, de se modernizar e mobilizar para causas diversas.
Como director que foi do Centro de Estudos de História Religiosa marcou esta instituição numa época fundamental com o seu espírito de abertura e interesse activo por esta temática em toda a sua diversidade. O CEHR tornou-se um oásis de discussão com ampla abertura para jovens historiadores à procura de poiso (como eu) – evidentemente, sem que nunca lhes tenha sido perguntado de crenças ou descrenças religiosas, mas que trabalho tinham feito.
Um importante historiador do religioso – sem sombras da velha historigrafia apologética (clerical ou anti-clerical) – foi uma figura marcante no avanço da História nesse campo pouco explorado (e mesmo quase tabu em Portugal, por razões mais clericais ou anti-clericais), mas incontornável: o do estudo das religiões. Com uma obra centrada sobretudo no século XIX e XX, período conturbado, pouco consensual e quase nada estudado do catolicismo português, D. Manuel Clemente mostrou que a hagiografia de uma igreja sempre martirizada, ou os lamentos de um confissão de Estado confortavelmente instalada e dominadora, estavam, to say the least, longe de esgotar toda a verdade. Através de crises várias, o catolicismo português na sua diversidade, não deixou de evoluir em percursos diversos com os tempos como contra os tempos, de se modernizar e mobilizar para causas diversas.
Como director que foi do Centro de Estudos de História Religiosa marcou esta instituição numa época fundamental com o seu espírito de abertura e interesse activo por esta temática em toda a sua diversidade. O CEHR tornou-se um oásis de discussão com ampla abertura para jovens historiadores à procura de poiso (como eu) – evidentemente, sem que nunca lhes tenha sido perguntado de crenças ou descrenças religiosas, mas que trabalho tinham feito.
Tem também sido uma figura importante no sentido da preservação e disponibilização do património religioso em sentido amplo, incluindo os desprezados arquivos, o que é sempre complicado num país mais habituado à inauguração do que à manutenção.
Como Bispo do Porto não me cabe avaliá-lo, mas como pessoa devo-lhe um obrigado público que aqui fica, assim como sinceros parabéns.
Como Bispo do Porto não me cabe avaliá-lo, mas como pessoa devo-lhe um obrigado público que aqui fica, assim como sinceros parabéns.
PS - Para quem o quiser conhecer (e conhecer-nos, português-mente) um pouco melhor, a colecção de ensaios: Portugal e os Portugueses é a introdução ideal, um clássico recente, mas que como os clássicos, perdurará.
Etiquetas: Clássicos para o povo, História e Historiadores
quarta-feira, dezembro 09, 2009
Almanaque do Povo
Serviço Público: Como é uma das suas missões, a Biblioteca Nacional de Portugal tem vindo disponibilizar acesso digital a um crescente número de documentos históricos. Os espólios de alguns dos nossos escritores, por exemplo, constituem um testemunho que há muito merecia público mais alargado. Continuação de bom trabalho às equipas da BN.
Latinidades: À cadência de uma por mês, o Instituto Cultural Romeno de Lisboa tem vindo a organizar tardes de cinema, entre outras iniciativas. A próxima é já para a semana, e aí poderá ser visto um documentário de que já falei noutro lugar.
Colóquio CRC: No dia 15 de Dezembro, 3ª Feira, pelas 18:30h, terá lugar o primeiro colóquio do Centro de Reflexão Cristã 2009/2010. Sob o mote Caritas in Veritate - Uma Resposta à Crise, o professor Carlos Santos, o Pe. José Manuel Pereira de Almeida e Rui Almeida. Como de hábito, acontecerá na Galeria Fernando Pessoa (Largo do Picadeiro, 10 - 1º, Lisboa. Metro: Chiado), no CNC. A entrada é livre.
quinta-feira, novembro 26, 2009
Lata desta...
... não há sucateiro que a tenha. E lá fica o pasquim sem ter de revelar as «fontes» dos alegados e já desmentidos conflitos entre juízes...
Etiquetas: Público; face desoculta
sábado, novembro 21, 2009
Exploração do petróleo
Ao actualizar-me na leitura da imprensa diária, deparei-me com a vontade do Joe Berardo em explorar petróleo na costa portuguesa. Já há algum tempo, a Galp e a Petrobrás estabeleceram um acordo que previa a realização de sondagens com o mesmo objectivo. A experiência na detecção de petróleo por estas duas empresas abriu uma interessante expectativa, reaberta agora com o desejo do empresário português. Que há petróleo em Portugal, nunca houve dúvidas. A questão está em saber se é numa quantidade suficiente que justifique a sua exploração. Por agora, contentamo-nos com o petróleo que o saudoso Raúl Solnado descobriu no Beato...