terça-feira, março 02, 2010

Agulhas no palheiro

Há uns 3 anos, a propósito da lei do tabaco, discutia com Hugo Mendes, no Peão, a cultura de denúncia que se estava a tornar pública e normal (nessa altura, o assunto era a possibilidade de denunciar anonimamente fumadores em lugares públicos). Histórica na sociedade portuguesa, a sua influência nunca decairá por leis que a contrariem, mas pela reprovação social. Ora, nem leis nem (muito menos!) reprovação. O triste caso «póstumo» do SIMplex (e Regra do jogo) provou até como se recompensa quem denuncia (sem nada provar), como Carlos Santos fez. Hoje, fui a vez de O Jumento, pelos mesmos caminhos ínvios.
No meio deste nojo (e muitos exemplos mais seriam possíveis, não só contra o Governo mas também em sua defesa, pervertida e contraproducente), não falta quem comece a ver o que dá a cultura do insulto fácil e da palmadinha nas costas que vira instantaneamente facada. Pena a demora, pena serem ainda tão poucos...

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