terça-feira, dezembro 29, 2009

Um balanço de 2009...

Uma lição sobre o consumismo, em tempo de ressaca natalícia. Quem não conhecer o exemplo, não faz mal, aplica-se a tudo...

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segunda-feira, dezembro 21, 2009

Natal, versão «neorealismo mágico»

segunda-feira, dezembro 14, 2009

Divulgação

Para além do já anunciado colóquio no CNC, eis mais uma opção para o final do dia de amanhã (clicar para aumentar).

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sexta-feira, dezembro 11, 2009

Clássicos para o Povo: A Pessoa de que se fala

D. Manuel Clemente é o Prémio Pessoa deste ano, o que quer dizer que, pela segunda vez, tenho a satisfação de conhecer e ter consideração e amizade por obras e pessoas altamente consideradas.
Teologia também é cultura, claro está, mas tanto ou mais que teólogo o Professor Manuel Clemente foi (e será, esperamos) um historiador importante e um ensaísta interessado. Numa época em que, por vezes, parece que ser-se crente passou de obrigação a proibição, em que há quem queira preservar o espaço público de qualquer contaminação religiosa (a não ser que venha multiculturalmente envernizada de uma patine exótica); mas em que também não raro as igrejas reagem fechando-se em proibições e anátemas purificadores, uma pessoa com o percurso e o perfil do actual bispo do Porto ganha redobrada importância.
Um importante historiador do religioso – sem sombras da velha historigrafia apologética (clerical ou anti-clerical) – foi uma figura marcante no avanço da História nesse campo pouco explorado (e mesmo quase tabu em Portugal, por razões mais clericais ou anti-clericais), mas incontornável: o do estudo das religiões. Com uma obra centrada sobretudo no século XIX e XX, período conturbado, pouco consensual e quase nada estudado do catolicismo português, D. Manuel Clemente mostrou que a hagiografia de uma igreja sempre martirizada, ou os lamentos de um confissão de Estado confortavelmente instalada e dominadora, estavam, to say the least, longe de esgotar toda a verdade. Através de crises várias, o catolicismo português na sua diversidade, não deixou de evoluir em percursos diversos com os tempos como contra os tempos, de se modernizar e mobilizar para causas diversas.
Como director que foi do Centro de Estudos de História Religiosa marcou esta instituição numa época fundamental com o seu espírito de abertura e interesse activo por esta temática em toda a sua diversidade. O CEHR tornou-se um oásis de discussão com ampla abertura para jovens historiadores à procura de poiso (como eu) – evidentemente, sem que nunca lhes tenha sido perguntado de crenças ou descrenças religiosas, mas que trabalho tinham feito.


Tem também sido uma figura importante no sentido da preservação e disponibilização do património religioso em sentido amplo, incluindo os desprezados arquivos, o que é sempre complicado num país mais habituado à inauguração do que à manutenção.
Como Bispo do Porto não me cabe avaliá-lo, mas como pessoa devo-lhe um obrigado público que aqui fica, assim como sinceros parabéns.






PS - Para quem o quiser conhecer (e conhecer-nos, português-mente) um pouco melhor, a colecção de ensaios: Portugal e os Portugueses é a introdução ideal, um clássico recente, mas que como os clássicos, perdurará.

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quarta-feira, dezembro 09, 2009

Almanaque do Povo

[Imagem: Poor Richard's (alias, Benjamin Franklin) Almanach]

Serviço Público: Como é uma das suas missões, a Biblioteca Nacional de Portugal tem vindo disponibilizar acesso digital a um crescente número de documentos históricos. Os espólios de alguns dos nossos escritores, por exemplo, constituem um testemunho que há muito merecia público mais alargado. Continuação de bom trabalho às equipas da BN.

Latinidades: À cadência de uma por mês, o Instituto Cultural Romeno de Lisboa tem vindo a organizar tardes de cinema, entre outras iniciativas. A próxima é já para a semana, e aí poderá ser visto um documentário de que já falei noutro lugar.

Colóquio CRC: No dia 15 de Dezembro, 3ª Feira, pelas 18:30h, terá lugar o primeiro colóquio do Centro de Reflexão Cristã 2009/2010. Sob o mote Caritas in Veritate - Uma Resposta à Crise, o professor Carlos Santos, o Pe. José Manuel Pereira de Almeida e Rui Almeida. Como de hábito, acontecerá na Galeria Fernando Pessoa (Largo do Picadeiro, 10 - 1º, Lisboa. Metro: Chiado), no CNC. A entrada é livre.