terça-feira, maio 15, 2007

Conselheiro sentimental

Para defender a proposta do Bloco de Esquerda favorável a uma espécie de “divórcio na hora”, o animador do Arrastão sustenta que a partir do momento em que uma das partes deixa de amar, o divórcio e a sua consumação devem ser um direito consignado na lei. Na proposta do Bloco e nas palavras do Daniel eu vejo, acima de tudo, irresponsabilidade e “engraçadismo”, além uma enorme necessidade de procurarem demonstrar que ainda vivem. Mas vejo, também, a propósito do cruzamento feito entre casamento e amor, uma ternurenta mentalidade pequeno-burguesa e um desconhecimento absoluto do que é a instituição do matrimónio. Coitado, o Daniel está convencido que o casamento existe por causa e em função do amor. Não é bonito? Mais um bocado e o Daniel passará do “Eixo do Mal” para os programas da manhã da SIC ou da TVI onde se tornará num muito bem sucedido e popular conselheiro sentimental, falando olhos nos olhos com donas de casa, adolescentes relapsos e pensionistas sexualmente muito activos.

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