quinta-feira, março 13, 2008

Bloguemos criticamente um pouco mais


É bem sinal da pouca disponibilidade para este blogue ter pensado que o meu poste anterior tinha sido publicado há tempos, e afinal ficou (paciente e silenciosamente) esperando melhores dias. Prometo aplicar-me mais (para mal dos vossos pecados), embora mais sinteticamente (espero e devo).

Há tempos, Pedro Mexia (creio) dizia (ou disseram-me que disse) temer, no futuro, pelo domínio da publicação por obras de história e outras várias menos literárias. Eu temo, hoje, o prático desaparecimento da crítica de ensaio e história na imprensa. Ela é de há muito escassa. Hoje é escassíssima, intermitente e frequentemente curta (em vários sentidos).

Este estado moribundo da crítica literária em geral e da escrita não-ficcional nativa em particular é sinal do afogamento das (vagas, admito) tradições de debate de ideias em Portugal.

Talvez a ressuscitação venha por via da internacionalização. Falar em inglês sobre (algumas) coisas lusas será menos bizarro do que parece? Somehow duvido que a moda pegue (e que nos aturem).

Talvez o blogues possam compensar (um pouco, mas quem faz o que pode...) Mesmo telegraficamente parece possível dizer um pouco mais do que aquilo que vai sendo publicado (por norma) na imprensa sobre livros, colóquios, etc.

É por estas e por outras que ler artigos como o do (barão) Skidelsky na Prospect sobre o estado crítico da crítica na imprensa americana (que não na inglesa, note-se, onde as páginas de livros e os sítios virtuais a elas associadas se vão expandindo merrily) nos mostra que afinal nem todos os mortos são iguais.

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