quarta-feira, setembro 06, 2006
A cabeçada de Zidane junta, num só movimento, a ética e a estética. Muitas eram as opções de retaliação aconselhadas pela manha: a cotovelada; o pé que pisa, com aparente negligência, o tornozelo ou a barriga da perna; a intriga posterior. Zidane escolheu o afrontamento à luz do dia e das câmaras. Num só gesto, nunca desmentido, arriscou a fama e a glória, para defender a família de banais insultos. Maradona entra para a lenda associado à «mão de Deus». Zidane ficará para a História como membro ilustre de uma espécie em vias de extinção, a dos românticos.
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- Ilações sobre uma cabeçada2
- Ilações sobre uma cabeçada1
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- Retratos da sesta em Portugal (I)
- A propósito de "esquerda" e "direita" (mais uma vez)
- Encore Esplanar: Salazarismo e Fascismo
- Re: Prevejo e faço votos
- "Multinacional" e "Ditadura"
- Prevejo e faço votos...
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2 Comments:
Estupenda triologia!
Bullshit. Zidane será recordado como o troglodita sociopata que é. Se Materazzi estivesse em pior forma física o golpo podia ter sido letal; tal como anteriormente ZZ tinha pisado um adversário já caído que foi parar ao hospital e poderia ter visto ali o fim da sua carreira. A glorificação em curso deste gesto é um ponto alto da estupidez mediática em que andamos embriagados. Foi um gesto estúpido, inútil, cobarde (nas costas do árbitro, com cálculo) e injustificável. Coroou um desprezo olímpico pela equipa, pela final e pelo campeonato (já para não falar no fair-play e outras demagogias descartáveis da Fifa).
CC
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