Aventuranças
O texto parece-me bem, mas também transpira um bocado a complexo de culpa. Parece-me que talvez valesse a pena insistir mais no Veríssimo Serrão, que neste particular não conheço, além de não possuir a sua volumosa mas sempre útil história de Portugal. Ainda sobre o Veríssimo Serrão convém recordar que, pelo menos, para a história de Portugal dos século XVI e XVII o homem sempre foi bom, mesmo que os historiadores de esquerda (socialistas?) raramente o reconheçam.Por outro lado, nestas coisas de judeus, há sempre dois pesos e duas medidas. Os mortos judeus, vítimas de intolerância racial e religiosa, até ao Holocausto (inclusive) são sempre muito apaparicada, sobretudo se perpetradas por "ocidentais" (normalmente esquecem-se os russos e os polacos - estes menos, embora queira crer que nada tem que ver com o facto de serem católicos). Já depois do Holocausto, e sobretudo a partir da criação do Estado de Israel, as mortes de judeus já não vertem tantas lágrimas - eu diria mesmo que nem sequer uma décima. Alguém me explica? É que estou um bocado confuso com isto já vai para umas décadas.
P.P.S.: Sempre gostei do nosso D. Manuel I, rei que não pôde aprender muito para o exercício da coisa em tempos muito delicados e de mudança. Infelizmente a biografia do Venturoso publicada no Círculo dos Leitores no ano passado (João Paulo Oliveira e Costa) não faz inteira justiça ao homem. Por lá escreve meia dúzia de banalidades sobre o massacre em, também, meia dúzia de páginas (na verdade não mais do que uma e meia).

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