Talvez a obra de Burke também permita que em Portugal se deixe de dizer (ignorantemente) que hoje os políticos são publicitados como se fossem champôs. Para se dizer (mais correctamente) que hoje os champôs e até a mais irritante lixivia têm ao seu serviço uma máquina de propaganda que durante milhares de anos foi reservada apenas aos reis. É que nunca (em tempo algum) houve políticos de sucesso que tivessem descuidado da sua imagem. Mudaram-se as vestimentas (muito) e os meios (alguma coisa), mudaram-se os temas (bastante menos), mas a preocupação com projectar a imagem certa junto do povo permanece. Qual é o político que em democracia que se pode dar ao luxo de projectar um má imagem junto do povo que o elege? E afinal, em geral, quem é que gosta de parecer mal?
Etiquetas: História e Historiadores, Propaganda
2 Comments:
O Burke é aquela máquina. Estou mortinho por ler o livro, mas acho que não vou conseguir arranjar tempo...
Este mal de tempo que nos aflige a todos...
Bruno C Reis
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