segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Clássicos para o Povo: Justiça Salomónica


Duas prostitutas foram ter com o rei [Salomão]... Uma das mulheres disse: «Meu Senhor, eu e esta mulher moramos na mesma casa. ... Quando acordei de manhã, para dar de mamar ao meu filho, vi que estava morto. Olhei bem e notei que não era o filho que eu tinha dado à luz.» A outra mulher disse: «É mentira! O teu filho é que está morto e o meu é que está vivo». E começaram a discutir diante do rei. Então o rei interveio. ... «Trazei-me uma espada.» E trouxeram ao rei uma espada. O rei disse: «Cortai o menino vivo em duas partes e dai metade a cada uma.» Então a mãe do menino vivo ... suplicou: «Meu senhor, dá-lhe o menino vivo, não o mates.» A outra, porém, dizia: «Não será nem para mim, nem para ti. Dividam o menino ao meio.» Então o rei pronunciou a sentença: «Entregai o menino vivo à primeira mulher. Não o mateis, pois é ela a sua mão.»

I Reis 3, 16-28

Parece que há uns milhares de anos na velha Judeia já havia prostitutas: se não é profissão mais velha do mundo deve andar perto. Parece também que havia quem percebesse que em questões de maternidade o que conta é o superior interesse pela criança, um senso comum que tem sido incomum pelas nossas bandas. O teste foi um bocadinho radical. Mas a sentença é merecedora do estatuto de clássico. Será demasiada ousadia nestes tempos de laicismo galopante pedir aos nossos juízes que leiam uns bocadinhos da Bíblia de vez em quando? (Não precisam de se converter nem nada.)

1 Comments:

Anonymous Anónimo disse...

Interessante ligação... crianças, mulheres, prostitutas...Serão as mulheres que abortam putas? serão as outras puras? Citando o Gato Fedorento, no presépio não eram só as vacas que tinham cornos...

2:37 da tarde  

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