Maissa e bom tempo...
Férias de praia há vários dias. Mar, Sol e esplanada. Sobretudo mar. E muita preguiça – chamemos-lhe assim, de caras. E nesta vida em que me encontro, voluntariamente, fica pouco espaço para o resto. Muito pouco. Com uma total incapacidade de aqui escrever o que quer que seja. Percebi que só no regresso a Lisboa, à vida mais disciplinada da cidade, conseguirei pensar e escrever, o que esta “vida de rede” não permite no seu constante descomprimir de todo um ano. Mas, a aproximar-se o fim da quinzena balnear, com a saturação psicológica e física desta vida já à vista, com a saudade urbana a despontar discretamente, apercebo-me que uma companhia – permanente, portanto – resistiu a esta travessia de água e areia. Uma companhia certa na “vida” anterior (e do futuro próximo anunciado) e que fez seu, naturalmente, este interlúdio estival. Acompanhando e nutrindo agora este ritmo como fazia com o outro que já anunciou saudade. NELLA MAISSA e os seus dedos mágicos, dando vida às únicas obras que me enchem as medidas. Que preenchem, sem falhas, as expectativas musicais que transporto, tão permanentes quanto a satisfação que me dão. Sempre (há mais de dez anos, com mais verdade). Tudo o que João Domingos BOMTEMPO escreveu apenas para piano, que não é muito, mas é tudo. Mergulha-se na Op. 13 (Easy…) ou na Op. 9 n.º 1, nas três Op. 18 ou na Op. 1, nas variações, nas Op. 15 e na grande Op. 20, como nas ondas deste Verão, para repetir sem cansaço. E para nos sentirmos a ser.
1 Comments:
Aproveita, descansa muito e diverte-te, Luís!
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