quarta-feira, maio 24, 2006
A propósito do início da guerra civil em Timor, e de que ninguém parece estar interessado em conhecer as suas causas, logo o nosso Governo garantiu o envio de GNR's para ajudar a impor e a manter uma ordem que, manifestamente, não interessa a muitos timorenses. Toda a oposição apoiou o voluntarismo de Sócrates que logo apareceu a dar mostras daquela que é imensa amizade de Portugal e dos portugueses por Timor e pelos timorenses. Só o Bloco de Esquerda fez de ovelha negra. Neste caso a sua ajuizada prudência só pode merecer o meu aplauso. Penso que já é altura de Portugal e os seus governos alijarem o fardo do Império e o paternalismo que lhe é inerente – mais que não seja por causa do deficit.
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4 Comments:
E enquanto se envolvem em guerras étnicas, destruindo o que lhes tinham ajudado a reconstruir, no petróleo, optaram pela ENI em detrimento da Galp.
Fernando, ainda bem que finalmente estamos de acordo quanto à necessidade de descolonizar!
Se optaram pela ENI o problema é deles! Não porque razão, e assim sem mais, devem os portugueses ficar amuados por isso. Os timorenses fazem o que querem ou que podem neste como noutros domínios. Para isso conquistaram a sua independência ao fim de séculos de colonialismo europeu e javanês.
Invocamos que se trata de um problema interno para não intervir.
Não foi isso que se fez no Ruanda, na Libéria, na Serra Leoa...?
E depois que diz hoje que é um problema interno, amanhã virá lamentar a incapacidade de intervenção dos governos ocidentais e da ONU?
Invocar a condição de "problema interno" não equivale a pactuar com um potencial genocídio?
Quando um Estado se desintegra ou se torna incapaz de assegurar a paz e a tranquilidade das suas populações, então a Comunidade Internacional deve intervir (com mandato da ONU, evidentemente).
NOTA: Invocar a questão GALP-ENI no caso de Timor é uma atitude mesquinha.
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