segunda-feira, maio 22, 2006
O discurso de hoje de Marques Mendes no encerramento do Congresso do PSD evidenciou, por parte da liderança de um dos dois grandes partidos portugueses, uma nunca vista aposta no reformismo político e social e no liberalismo económico, ainda que algo cuidadoso. Isto pela boca de um dos seus líderes estruturalmente menos ideológico e mais conformadamente à esquerda desde os tempos de Fernando Nogueira. A dura realidade portuguesa – na economia, nas finanças públicas e no desemprego –, provocada pela recorrente inépcia do PS de Guterres e de Sócrates, e pela impotência confrangedora dos dois últimos governos PSD-CDS/PP, parecem ter aberto os olhos aos dirigentes sociais democratas. Resta saber se haverá gente capaz no partido para desempenhar aquela que é uma missão espinhosa. Gente com vontade e com talento para espalhar e explicar a mensagem e, depois, já no Governo, para a executar. Por último é essencial tentar perceber se a actual chefia do PSD é a mais capaz. Por mim, e como sempre apreciei a política feita por homens e mulheres comuns, acho que Marques Mendes poderá ir mais longe do que muitos pensam e dizem. Certo, porém, é que já não falta muito para que haja mudanças para os lados de São Bento. E não apenas de forma. Serão finalmente de conteúdo!
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