Ainda a respeito deste exercício, fui explorar as diferenças entre soalheira e solarenga. De facto, a segunda é remetida para solar, mas (logo acrescentam vigilantes dicionários de serviço) no sentido de casa nobre. Ora não vejo porquê. Até me parece que o calor mais pachorrento para que o uso tem remetido solarengo é algo que nos faz falta. É que, pensando bem, soalheira aponta para sol a pico e relativamente violento, num sinónimo de canícula.
Enfim, serve o presente ainda para apontar a falta que sinto de em português haver um
On Language, um William Safire (qual novo Samuel Johnson), conservador q.b. que nos guia divertidamente pelos avanços e recuos de uma fala e escrita inglesa em movimento, com o bónus adicional de um particular e irónica atenção à política. Mais uma vez (a contragosto o confesso) se chega à conclusão que a liberdade está (mesmo, mesmo) em certo perigo em Portugal.
Etiquetas: língua portuguesa
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