quarta-feira, março 19, 2008
Mais do que a análise da única polémica que até agora realmente abalou a campanha de Obama, este post de Andrew Sullivan importou-me por testemunhar o que representa professar uma fé em comunhão. Feito de enorme tensão entre pertença religiosa, integridade espiritual e cidadania, o seu percurso propôs-me, pela primeira vez nesta Quaresma, uma verdadeira reflexão.
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8 Comments:
Nem a fé nem a política se resumem a uma lista de políticas. O mal do obamismo actual é em grande parte esse: não tem ideias? não faz mal, inspira; as ideias virão dos membros do staff (que, antes disto, já tinha tido o caso Sam Powers). Mas é preciso algo que lhe dê coerência (e que nãos e confunda com fés ou fezadas). Se ganhar a nomeação provavelmente perde para McCain; mas se lhe ganhar desiludirá tudo e todos, como só Carter terá conseguido. O vazio em política não se compensa com «inspiração», e o caso deste «pastor» a precisar de um cão de guarda revela-o bem, embora isso provavelmente não seja suficiente para a candidata Clinton.
E por falar nisto de vazios, a ausência de política reduz tudo a trivialidades: agora é o novo mayor de NYC que também «confessa» infidelidades, como se a vida privada dele devesse ser da nossa conta...
Carlos, do que pude ler do "Blueprint for Change" do Obama, sinceramente, não achei que as suas linhas programáticas (nas diferentes áreas)fossem de todo insubstanciais; em alguns items, comparando os programas Obama/Clinton, os de Obama aparentam até mais exequibilidade (no sector saúde a coisa é evidente). Não me parece que Obama se limite a inspirar, quero dizer. Algumas das suas tomadas de posição nesta fase inicial da campanha (desde a própria origem do seu financiamento até agora, à tomada de posição relativamente ao pastor em causa, e aqui refiro-me à substância da mesma, não à forma do discurso ou ao seu soundbyte, que todos os candidatos exploram, todos) fazem-me crer que aquele é um homem que conhece o seu país e tem um projecto político para ele.
Mais um post que não escrevo, mas tanto melhor: a questão acaba por ser a da check list, que ele tenha items, concordo, a questão é a prioridade que dá a uns e outros. QUem já esteve no terreno (eu estive em Fevereiro) e gramou o «change» apra tudo e a toda a hora sabe que aquilo é uma bolha de ilusões. Mais do que tudo, no que toca ao Iraque.
Quanto à saúde: pois, exequível será, democrata é que não. Deixa tudo na mesma, apesar da conversa de change. Quem tem credebilidade nisso é Hilary, pelo que já tentou e pelo que apresenta (e que Obama, fazendo um grande favor aos reublicanos, chama de obrigação de comprar seguros, só falta acusá-la de ser subversiva socialista...).
Mas é escusado gastarmos mais cartuchos nisto, o tempo dirá
Ana,
Antes de mais, uma Santa Páscoa.
Aproveitando o seu post, bem como os comentários que aqui se fizeram, queria deixar um discurso - que provavelmente já conhecem - de Obama, feito há dias a propósito da questão racial e das declarações do "seu Pastor" - http://www.youtube.com/watch?v=pWe7wTVbLUU&eurl=http://incontinentesverbais.blogspot.com/
Bem sei que tem sido frequentemente afirmado, como o Carlos Leone aqui defendeu, que Obama é vazio, sem ideias.
Não concordo, leia-se o que tem escrito nestes últimos anos ou oiça-se os discursos do princípio ao fim. É para mim evidente, depois de o ter feito, que as acusações que lhe têm vindo a ser dirigidas são injustas e sem fundamento. Já para não falar em termos relativos, pois a alternativa que constitui Clinton, essa sim, não tem qualquer conteúdo que não seja o senhor seu marido.
Fica uma nota para um disclamer. Embora não goste de rótulos, se tivesse que me definir ideologicamente à luz das opções oferecidas pelos 2 partidos americanos seria com toda a certeza um eleitor republicano. Cumprimentos,
Rui Castro
Compreendo que um republicano goste mais de Obama que de CLinton. QUanto aos argumentos de obama, tal como a Claudia, fala deles mas nunca refere um que seja. Hilary não precisa de os anunciar agora em livros e discursos, tem uma vida a bater-se por eles e por isso os verdadeiros republicanos a odeiam tanto...
Carlos, se há que aduzir argumentos a uma apreciação geral (tão geral como a tua contra-argumentação, mas vamos lá), e que anteriormente referi a posição de Obama quanto ao sector da Saúde, remeto-te para um post do "Pastoral Portuguesa"(http://pastoralportugues
a.blogspot.com/2008/02/derrick.html) com o vídeo e comentários a uma certa entrevista a um apoiante (relativamente desconhecido, o Derrick Ashong) de Obama. Se o faço é porque acho que através dele (já que não tenho fôlego para fazer aqui e agora um "corta e cola" dos dois programas democratas) é possível arguir que: as formulações "obamitas" têm, claro, vários aspectos em comum com as de Clinton; a perspectiva de Obama quanto à Saúde, já que a referi, é mais aplicável e sustentável num curto prazo e num cenário económico recessivo; há um estigma "sentimentalista" associado a quem se alinha com Obama, alimentado por quem se enjoa com a retórica do "Yes, we can", e que transporta a subestimação liminar da racionalidade e pragmatismo de quem o apoia.
Não, não: a minha argumentação não é geral, é muito específica: qual é a prioridade dele? Sem isso não há coordenação política possivel. isto é geral? Mais: a retórica do «eu é que estive bem na questão do Iraque» vai destruir qualquer tentativa de política se ele chegar a ser eleito Presidente, pois gerará uma pressão imediata para retirar subitamente. A minha subestimação (eu prefiro dizer critica...) é ao apoio de uma racionalidae e de um pragmatismo que não vejo. E quanto à questão de saúde, posso remeter-te para um post do Veu da Ignorancia II (e o Hugo Mendes tambem é Obamita...) em que aquilo que escrevo é subscrito tal e qual. mas como já disse lá em cima, não quero insistir mais nisto, oxalá tenham razão...
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