sábado, março 29, 2008

20 anos depois


Ou perto disso. Deve ter sido por 1988 que ouvi falar pela primeira vez dos Pylon. Foi no booklet de Dead Letter Office, album de lados b e afins dos R.E.M., onde Peter Buck comentava como, nos primórdios do grupo, não deixava de invejar os seus conterrâneos de Athens, Georgia.
Agora surge (ed. DFA, distribuição Sabotage, encontra-se na FNAC a preço decente) Gyrate Plus. Um CD com o album dos Pylon de 1980 (Gyrate) e mais dois singles e um inédito. Parece que agora os Pylon, quarteto que rapidamente se desfizera, se reuniram, há mesmo um site (wearepylon.com) para os interessados. Santiago Alquimista, por que esperas?

A música dos Pylon, e em particular a de Gyrate, é merecedora de todos os elogios de Buck e dos de Michael Stipe (R.E.M.), Fred Schneider (B52's) e Hugo Burnham (Gang of Four), no booklet deste Gyrate Plus (inclui as letras das canções). A música, à falta de uma definição exacta, é qualquer coisa como a fusão do Colossal Youth dos Young Marble Giants com o Fear of Music dos Talking Heads. Assim tão bom, ser tudo da mesma época não pode ser coincidência.

O mais sério candidato a melhor disco de 2008, até ao momento, é um CD de música com quase 30 anos (e não quero saber que este CD tenha saído em 2007). Mas há que ouvir pelo menos o novo dos R.E.M. e o novo dos American Music Club. De qualquer modo, assim o ano está já garantido.

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