Já tenho sido criticado por escrever posts demasiado complacentes acerca de determinados filmes. Uma resposta fácil, mas insuficiente, é que escrevo textos cinéfilos e não críticas de cinema. Insuficiente porque não evito juízos de valor e quando os faço tento fundamentá-los com argumentos. De vez em quando até me divirto em contrariar os pontos de vista das críticas publicadas em jornais. O busílis da questão é que as diferenças nas condições de escrita têm de se reflectir nos textos. Um crítico profissional é pago para ver filmes e tem o dever de criticá-los. Um espectador como eu tem como único dever pagar os bilhetes dos filmes que vê. Quando escrevo sobre o que vejo, o meu impulso é escrever sobre o que valeu a pena pagar para ver. Se o filme é mesmo mau, não perco tempo a recordá-lo, quanto mais a escrever sobre ele. A não ser, num caso extremo, como exorcismo de uma má memória.
Etiquetas: filmes
2 Comments:
Pois eu posso ser suspeita porque colega de blogue, mas devo dizer que gosto muito destas tuas cine-impressões, precisamente porque são exercícios desprendidos sobre o gosto, onde não há dever nem programa. Feliz Natal, João.
Feliz Natal, Ana Cláudia.
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