Kadhafi está em Lisboa e vai pagar mil dólares por cabeça a portugueses de origem africana para participarem numa recepção. As más línguas lembrarão Valentim Loureiro, que distribuía electrodomésticos durante as campanhas eleitorais. A comparação, no entanto, é injusta. Em primeiro lugar, porque Kadhafi não quer comparar votos, mas apenas receber carinho. Em segundo lugar, porque, ao distribuir dinheiro em vez de produtos, Kadhafi mostra mais respeito pela liberdade individual das pessoas que deseja seduzir. Em terceiro lugar, porque nos encontramos em vésperas natalícias, não em período eleitoral. Uma comparação mais correcta seria, portanto, com o Pai Natal, ou seja, S. Nicolau. Parece despropositado, pois a Coca-Cola vestiu-o de vestes vermelhas, rodeou-o de neve e sentou-o num trenó. A verdade, porém, é que S. Nicolau viveu e testemunhou a sua fé…na Turquia. Kadhafi podia ser um Pai Natal alternativo, representado numa travessia do deserto em cima de um camelo, carregado com sacos repletos de notas, e protegido por um séquito de esbeltas guarda-costas.
Eu cá prefiro o menino Jesus.
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