segunda-feira, julho 23, 2007
Existe em mim uma arraigada necessidade de imprimir sinais na realidade, um enraizado anelo por deixar marcas, traços das minhas expectativas, de exteriorizar um eu que experimenta com perplexidade o mundo acontecendo, ecoando em mim.
A voz impessoal desta orgânica que acaba por me transcender "fala-me" enigmaticamente, deixa-me mensagens e pistas da minha (quiçá) inatingível complexidade. Observando estas múltiplas manifestações, aventuro-me nas sensações, nas emoções, nos sentimentos que me suscitam e, intimamente envolvido, esforço-me, à minha escala, por compreender.
Com a consciência de uma espécie de apelo, talvez de uma pertinência interpeladora, registo, suspendo em formas essa ânsia de entender. A escrita e mesmo a linguagem são instrumentos da minha curiosidade e perscrutação. Ao postar sobre um assunto exponho num texto aquilo que conheço e, por conseguinte, nos silêncios, nas intermitências, na inefabilidade, nas lacunas, transparece aquilo que ignoro. Mas é precisamente essa insuficiência que me empurra irresistivelmente para o abismo daquilo que me fascina, para o âmago do que me sobressalta ou ofusca. Continuarei na forma de registo a fazer perdurar reflexões e conjecturas aqui mas gostava de nesta dinâmica colectiva para a qual fui convidado simplesmente postar desalinhadamente.
4 Comments:
Empurra-nos a todos, David, e ainda bem. Bem vindo!
Bem vindo.
Obrigado pelo convite.
Bem vindo, David.
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