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O debate em Espanha em torno da questão basca, e segundo a discussão ocorrida ontem no programa “59 segundos” da TVE Internacional, parece agora resumir-se ao campo dos que são pela “liberdade” e daqueles advogam a primazia da “paz”. Os “transigentes” ou “apaziguadores” (as expressões são minhas), situados quase todos à esquerda do PP, defendem a paz com os terroristas a qualquer preço (ou, pelo menos, pelo preço que podem pagar e que parece ser muito alto), e consideram que sem ela não haverá liberdade em Espanha. O PP, e todos aqueles que estão próximos das suas posições, colocam a liberdade acima de tudo, temendo que o processo de paz esteja a minar as instituições democráticas e os direitos dos espanhóis conquistados no processo de transição democrático que foi globalmente consensual até que Zapatero chegou à presidência do Governo em Madrid.
Uma coisa é certa, ao velho mas sempre actual dilema entre liberdade e igualdade que divide os sujeitos da luta política e ideológica em Democracia, sucede um outro fruto das circunstâncias únicas em que se vai fazendo o combate político em Espanha.
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