segunda-feira, dezembro 11, 2006
Continuo a estranhar muito que a direita sempre tão afoita na defesa da pátria, tão preocupada até, no caso do amigo Fernando Martins, com a dissolução da unidade nacional na vizinha Espanha, se mantenha impávida e serena ou até cúmplice - no caso do principal partido de direita, o PSD - com Alberto João Jardim. Continuo abismado que a direita que tanto se preocupa com as "perdas de soberania" para a União Europeia se mantenha silencioso quanto a este tema.
É que Portugal de acordo com a "constituição" que Jardim quer seria mais um Estado Confederal do que um Estado Federal! A Madeira de acordo com a "constituição" que Jardim quer teria mais autonomia relativamente ao endividamento e à despesa do que Portugal relativamente à União Europeia! Pelo vistos a unidade da Pátria às vezes vale menos do que a unidade partidária ou a conveniência política. Se não é assim, desmintam!
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5 Comments:
Qual é a constituição que Jardim quer?
Não sabendo isto, e até porque, como muitos na direita, não sinto qualquer especial cumplicidade com a personagem (e, adicionalmente, o facto da definição dos limites do endividamento público estarem colocados, por delegação, fora da órbitra das legislaturas nacionais eleitas ser coisa que me agrada muito e preocupa pouco), não confirmo, nem desminto.
Mas é verdade que historicamente a direita sempre conviveu melhor com o localismo do que com o centralismo (idiossincrasias nativas à parte). Isso confirmo.
Indesmentível é que a esquerda, cumplice dos relativistas, está sempre pronta a comparar tudo com tudo: Jardim com Chavez, a autonomia regional com o federalismo europeu - só é preciso que sirva para branquear as inconveniências e agravar aquilo de que não gosta.
Fico espantado como é que alguém leva o sr. Jardim a sério.
Cão que ladra...
Obrigado Bruno por me citares no mesmo post em que citas o Dr. Alberto João Jardim. Não sei o que te diga. Que Jardim não me preocupa por aí além? E que as dores que provoca à esquerda não me afectam? Achas que a Madeira e Jardim se comparam à Catalunha e ao terrorismo da ETA? Que vou embarcar na cruzada anti-Jardim que Sócrates e o seu inefável ministro das Finanças iniciaram com a aparente cumplicidade de Cavaco Silva? Que pense que Jardim tem um projecto de autonomia que transforme a república portuguesa num estado confederal? Alguma vez disse ou escrevi alguma coisa que manifestasse preocupação com transferência de soberania para Bruxelas? Não, não e não! Que na Madeira não há democracia? Valha-me nossa senhora! E Chavez? Achas que me preocupa? Como se fosse substancialmente pior ou melhor do que aqueles que por lá têm andado a mandar nos últimos trinta anos! Pode ser diferente, mas não sei se será pior! O resultado da sua governação, a prazo, será dramático (como sucedeu com os seus antecessores). Mas isso ver-se-á a seu tempo!
Ainda assim, obrigado por tudo, especialmente pela chamada de atenção para o perigo que representa Jardim para a unidade da pátria e para a saúde da democracia portuguesa!
Quanto ao destino do império colonial português - sobretudo o africano - só me perturba pelo mal que a sua morte fez aos milhares de portugueses que lá estavam e que de lá foram corridos.
Portugal como Confederação - parece-me uma boa ideia. Excelente ideia mesmo.
Em vez de pensarmos na perda da Madeira e da "unidade" nacional, com tal Confederação, podiamos antes pensar que podiamos ganhar as, ou algumas das, antigas colónias.
Amigo Fernando, se não levas Jardim a sério, então não leves tão a sério apareceres no mesmo poste que ele. Não me passou pela cabeça atribuir-te necessariamente todas as ideias ou falhas para que aponto neste poste. Sendo que acho o Jardim melhor do que a ETA e pior do que a Catalunha, claro.
Acho-o também um político populista da mesma escola que Chávez. É verdade que não foi tão longe, mas ainda não é senhor de uma República das Bananas independente.
Convivo muito bem com a autonomia (veja-se os Açores) e o municipalismo (ao contrário de Alberto João Jardim que minou de todas a maneiras o trabalho de Câmaras de sinal político contrário). Com o que convivo mal é com a irresponsabilidade e o populismo desbocado. Como convivo mal com um discurso de defesa da unidade nacional quando convém.
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