Ainda o Brasil de Lula
 O post do Bruno aqui no Amigo do Povo e o artigo de António Costa Pinto publicado hoje no Diário de Notícias trouxeram-me à memória muitos dos relatórios escritos na década de 1930 por diplomatas britânicos colocados em Portugal e nos quais descreviam e analisavam sobranceiramente as peripécias da vida política lusa. É certo que o Bruno Cardoso Reis e o António Costa Pinto não chegam a ser racistas como os funcionários do Foreign Office. Porém revelam um paternalismo e uma condescendência para com a corrupção brasileira na versão Partido dos Trabalhadores e uma compreensão para com o estado em que se encontra do regime democrático no Brasil que, na minha modesta opinião, os brasileiros, ricos, pobres ou remediados, não merecem e, sobretudo, não necessitam.
O post do Bruno aqui no Amigo do Povo e o artigo de António Costa Pinto publicado hoje no Diário de Notícias trouxeram-me à memória muitos dos relatórios escritos na década de 1930 por diplomatas britânicos colocados em Portugal e nos quais descreviam e analisavam sobranceiramente as peripécias da vida política lusa. É certo que o Bruno Cardoso Reis e o António Costa Pinto não chegam a ser racistas como os funcionários do Foreign Office. Porém revelam um paternalismo e uma condescendência para com a corrupção brasileira na versão Partido dos Trabalhadores e uma compreensão para com o estado em que se encontra do regime democrático no Brasil que, na minha modesta opinião, os brasileiros, ricos, pobres ou remediados, não merecem e, sobretudo, não necessitam.O pior que pode acontecer ao Brasil e à sua democracia é que se compreenda e desculpe tudo o que de mal vai sendo feito por causa do "mito" das circunstâncias ou do "contexto" (para citar o título de um pequeno-grande livro de Karl Popper e de um ensaio aí inserto). O Bruno e o António Costa Pinto – que sacrifica a política à diminuição da desigualdade na distribuição de riqueza –, pensam, no fundo, que a baixa qualidade da democracia é pior que a ausência de democracia – com o que concordo –, mas também parecem pensar que esta democracia coxa parece condenada a apenas melhorar – e com esta dedução implícita eu discordo totalmente. É que uma má democracia mais facilmente se torna numa outra coisa qualquer do que numa boa democracia.Quanto às responsabilidades morais dos cientistas, falar-se-á delas numa outra oportunidade.



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