Lula: o amigo do povo brasileiro
Claro que isso seria ideal, mas duvido que seja fazível. Parece-me pouco realista esperar que antes de existir uma alteração significativa na sociedade brasileira – na enorme disparidade de educação e de riqueza – seja realista esperar mais do que melhorias muito graduais do sistema político. Aliás, é um milagre da consciência social de alguma burguesia e da sofisticação económica dos pobres que tenham surgido presidentes como Lula e Cardoso. Prova que ainda há burgueses que percebem que tanta pobreza está mal (e lhes faz mal). Prova de que há pobres que percebem aquilo que os esquerdistas histéricos não conseguem: a instabilidade económica prejudica-os bem mais do que aos privilegiados (sobretudo os especuladores politicamente favorecidos). Sendo que a direita anti-Lula também ainda não percebeu que é realmente melhor ensinar um pobre a pescar do que dar-lhe um peixe, mas se ele estiver com fome é capaz de ser difícil ensinar-lhe o que quer que seja.
PS - É verdade que o PT colhe nesta tempestade os frutos do moralismo semeado durante anos: político que não era do PT era bandido até prova em contrário. E é verdade que a corrupção tem custos, mas num país em que se desperdiça tanto por más causas...
2 Comments:
Bem parecia que Lula e o PT eram vítimas de qualquer coisa, excepto deles próprios. Não é?
O PT ressuscitou a teoria do «rouba mas faz» do velho populista Adhemar de Barros. Neste post o Bruno fala em «comprar outros para se poder fazer alguma coisa», uma ideia que alguns envergonhados petistas têm procurado sustentar.
Mesmo a ser verdadeira - que não é - já seria suficientemente grave acreditar que através da corrupção generalizada se pode atingir o bem.
Acontece que o enriquecimento súbito de algumas das estrelas do PT (a começar pelo próprio filho de Lula), desmentem por completo esta tese, posta a circular pelos principais assessores de marketing do Presidente.
O que o PT fez no Brasil, foi montar uma gigantesca rede e corrupção, que atingiu em maior ou menor grau, a quase totalidade dos órgãos do Estado.
Mesmo num país com corrupção endémica, coseguiu bater todos os recordes, transformando tristes figuras como Collor de Melo, Paulo Maluf e Orestes Quércia, em meros aprendizes na «arte» do desvio de fundos públicos.
Cumprimentos
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