terça-feira, setembro 26, 2006
A propósito deste post da Cláudia, do que eu "gostei" foi do destaque dado na pág. 1 do SOL a essa "sondagem": "Um quarto dos portugueses preferiam ser espanhóis", o que, salvo erro, contém um erro duplo (de concordância com o sujeito e de tempo verbal). Mas, ultrapassados estes problemas técnicos no jornal que, pelas evidências, honra o facto de ter entre os seus o mais célebre criador de factos políticos, há esperança para tantos portugueses com estes sentimentos: dirigirem-se a um consulado espanhol, pedirem a naturalização e entrarem assim no paraíso... Aos que ficam, deveria no entanto ser dada uma garantia: de que não estaríamos obrigados a recebê-los de volta.
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7 Comments:
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Penso que o processo de naturalização é mais complicado. De qualquer modo podem sempre emigrar.
Mais a sério penso que é legítimo que haja portugueses iberistas. Simplesmente, penso que o são por convicção mas por acharem que caso Espanha e Portugal fossem uma mesma entidade política passavam a ter, automaticamente, um melhor nível de vida. Ou seja, haverá cerca de 25% de portugueses que em vez de resolverem o problema da sua pobreza trabalhando mais e melhor e exigindo o mesmo à generalidade dos seus concidadãos, preferem um golpe de mágica. Em vez de enriquecerem automaticamente ganhando o totoloto ou o euromilhões, enriquecem entrando em Espanha. Deviam era lembrar-se que caso Portugal fosse absorvido por Espanha com o acordo de todos, rapidamente a "Ibéria" e os seu habitantes ficariam, em média, bastante mais pobres. Não sei se os espanhóis iriam na convesa. Eu, se fosse espanhol, não ia.
Finalmente, convém recordar que haverá cerca de 75% de portugueses que não querem ser espanhóis. E entre estes estou eu que, para enriquecer de um dia para o outro, optava por ser norueguês. Ninguém me diz onde é que fica o consulado norueguês mais próximo?
Pode estar no plural ou no singular. O verbo pode conjugar com "um quarto" ou com "portugueses". Na primeira, segue-se a regra que prevê que o predicado concorda com o núcleo do grupo nominal que preenche o sujeito. Na segunda, faz-se o predicado concordar não com o núcleo, mas sim com o seu complemento. Qualquer uma das duas está certa. Aliás, apesar de não estar errado, ficaria estranho dizer que "um quarto dos portugueses preferia ser espanhol".
Seria curioso ver se a esses portugueses teriam a mesma opinião caso vivessem em 1936.
Discordo! É uma análise simplista, provocatória e indigna!
Eu escreveria "Um quarto dos portugueses prefere ser espanhol". Quanto ao último comentário, admito a provocação.
Eu, intuitivamente, também escreveria um "um quarto dos portugueses prefere ser espanhol".
Não é terreno em que me sinta muito segura, mas (a pergunta vai para o Daniel Oliveira, que parece perceber disto, pelo menos mais que eu) o verbo não deve aparecer no singular, sempre que o sujeito envolve "um quarto de", "mais de um", etc, a não ser que o verbo exprima uma acção recíproca? Ou aqui a acção é considerada recíproca? Ou estou a dizer disparate?...
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