No restaurante, no comboio, na escola, os seus concidadãos dizem-lhe que não somos um povo competitivo? Não acredite. A mais recente
tentativa de entrada para
o famoso livro de feitos desmente-o. Gostamos de fazer, mas isso não nos chega: fazemos bom, mas em grande. Não nos basta criar uma bela manta, temos de coser a maior manta de retalhos do mundo. Não nos chega ter um número apreciável de soldados da paz, temos de fazer o maior desfile de carros de bombeiros de que há registo. Não nos satisfaz cozinhar uma feijoada daqui [sim, estou a puxar o lóbulo da orelha], temos de encher uma mesa ao comprimento de uma ponte acabadinha de fazer, e bater dois recordes de uma vez. Não nos comove ter um clube com milhões de simpatizantes, temos de transformá-lo na agremiação desportiva com o maior número de sócios. Não nos basta ter indústria vidreira, temos de dar forma ao maior cálice de cristal do planeta.
A nossa maneira de sermos os maiores é um bocado literal, é só isso.
Actualização: Literais, letra,
livro. Imparáveis, nós...
1 Comments:
Se calhar é uma certa predilecção por grandezas à moda do Senhor Dom João V que ainda nos atrai... no fundo é tudo boa gente.
ET
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