sexta-feira, outubro 06, 2006
Hoje só vi televisão no início da madrugada. O “Dr. House” na TVI. Mas não é por praticamente não ter olhado para ela que me passou ao lado do 16.º aniversário da SIC. Há 16 anos era Cavaco Silva primeiro-ministro, um político "autoritário". Ainda me lembro do primeiro noticiário apresentado por Alberta Marques Fernandes e de uma crónica do Vasco Pulido Valente, salvo erro no Independente, a invectivar a nova “estação” e respectiva programação num ajuste de contas com Pinto Balsemão. Mas, e sobretudo, lembro-me de como a esquerda, a começar pelo PS, se opunha liminarmente à abertura da televisão aos privados. Alguém se recorda que foi Sá Carneiro quem, ainda na década de 1970, tentou dar os primeiros passos no sentido da criação de um espaço televisivo minimamente plural? O Dr. Soares, o Dr. Almeida Santos, homens amantes da liberdade e sempre com grande capacidade para antecipar o futuro, assim como inúmeros intelectuais e políticos de esquerda, e nem sequer me estou a referir à gente do PCP ou da extrema esquerda, achava a televisão privada uma coisa maligna.
Hoje, coincidência ou não, regressava a casa escutando rádio e ouvindo o moderníssimo Sócrates injuriar a proposta da “direita” para uma reforma da segurança social. Injuriava-a porque, ao que parece, tal proposta privatizará um terço da segurança social. Veremos como pararão as modas daqui por 16 anos… em matéria de segurança social, pois claro.
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