terça-feira, agosto 15, 2006
Descobri o blog “ultraperiférico” a partir de um comentário feito a este post do João Miguel Almeida. O “ultraperiférico” é umas semanas mais novo do que “o amigo do povo”. Por lá saudou-se o 25 de Julho – dia da “Pátria Galega” – e talvez tenham até assinalado o dia das “Letras Galegas” – salvo erro festejado a 17 de Maio. Gostei de ver, por razões sentimentais, apesar de não apreciar particularmente manifestações de índole nacionalista.
Mas o ultraperiférico caracteriza-se ainda por estar convencido de três ou quatro coisas que não deixaram de me abismar. Em primeiro lugar, que Portugal é um país grande e rico. Em segundo lugar que Salazar e Marcello Caetano foram, politicamente, a mesma coisa e que pouco separa autoritarismo e democracia. Em terceiro lugar que, comparado com aqueles dois, Fidel Castro é praticamente um santo. Finalmente, que o desmaio premonitório durante a tomada de posse de António Guterres em 1995 é comparável à queda de que Fidel foi vítima há um par de anos. Confesso que nunca nada disto me tinha ocorrido. Por isso, voltarei mais vezes ao “ultraperiférico”.
P.S.: Não consegui encontrar, para ilustrar este meu texto, uma reprodução do célebre cartaz de propaganda estado novista ao império colonial português. Nele se lia, por baixo de uma Europa literalmente engolida pelos territórios portugueses de além-mar, que "Portugal não é um país pequeno." Não sei se me faço entender.
Adenda: Obrigado ao João Pereira - está nos comentários - pelo link para a imagem do "mapa".
4 Comments:
De duas uma: ou leu em diagonal ou tresleu.
Mas não foi por mal, pois não?
Não há maldade nem nas minhas palavras, nem nos meus actos! Sou puro porque me mantenho puro!
Ainda bem. Deduz-se então que tresleu mas sem maldade, nem nas palavras nem nos actos.
E quanto à sua pureza, jamais me ocorreria pô-la em causa.
Relativamente ao cartaz aki vai o link
da Biblioteca nacional:
http://purl.pt/11440/1/P1.html
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