CPL... Quê?
O português só terá a ganhar em ser enriquecida constantemente por acréscimos africanos, brasileiros, europeus. A riqueza de uma língua está na sua variedade. Desde que, claro, haja forma das variantes se perceberem, de se conhecerem mutuamente. As barreiras seriam muitas, a avaliar pelas ridículas oposições ao acordo ortográfico. Possivelmente uma das suas fontes seriam as instituições já existentes que se dedicam a fazer dicionários, mas poderiam muito bem ser associadas ao projecto. Isto poderia ir de par e daria real sentido a uma ofensiva diplomática consistente e coordenada para obter o reconhecimento do português como língua oficial na ONU. Mas seria, por si mesma, uma grande e relativamente barata realização. É possível que já mais alguém se tenha lembrado disto, mas nunca é demais insistir em tal assunto.
Depois poderia pensar-se em redes de cooperação na educação e investigação – desde logo para estudar o património cultural e histórico comum – usando até financiamentos já existentes. Assim como mecanismos para facilitar as trocas ao nível das indústrias culturais. Tudo isto podia ser feito com uma estrutura burocrática mínima. Mas talvez seja pouco lusófono pensar em dar prioridade à prática sobre a burocracia e os discursos. Em português nos desentendemos muito bem.
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