quarta-feira, maio 07, 2008

Almanaque dos Povos

Como a Cláudia está algures nos 4 Caminhos, um pequeno contributo de actualidade...
Primeira paragem: Luanda, e a sua cleptocracia, reproduzindo de forma extremada a cleptocracia lusitana, só foram referidas abertamente por um ex-músico inglês (ou irlandês?), mas foi o bastante para uma enorme frente comum, capaz mesmo de unir o PCP aos Espírito Santo, o condenar. Como os compreendo... há uns anos, num e-zine dito de Esquerda, ousei observar que Angola não é democracia nenhuma e que Portugal tem nisso responsabilidades - pois não só não saiu o artigo como em seu lugar apareceu uma prosa entusiasmada com o regime internacionalmente reconhecido, etc. (um ano depois, descobriram o caso do jornalista Rafael Marques...)
Segunda paragem, Lisboa, à Lapa. Cavaquismo sem Cavaco: episódio IIIb ou VI ? O primeiro episódio de Cavaquismo sem Cavaco foi Fernando Nogueira; o segundo foi Barroso; a partir do terceiro, Santana, estávamos a descer ao nível de secretários de Estado, pois a seguir esteve Marques Mendes e, em quinto, Menezes. Tudo indica que, agora, tenhamos o episódio III em remake ou o take VI, com Ferreira Leite. Também, se virmos que a alternativa é o vazio de Passos Coelho (um verdadeiro Obama, sim senhor!)... Mas sejamos justos: o único líder que não foi emanado do cavaquismo foi o aliado pré-eleitoral de Portas, o tele-Professor...
Terceira paragem, Rua Viriato: por fim, uma oportunidade para elogiar o pasquim que sai a acompanhar o Inimigo Público! Destaque, na última Sexta, para o ressurgimento editorial do último grande historiador (cientista social) português, Vitorino Magalhães Godinho. Com o desaparecimento de Oliveira Marques e de Joel Serrão, a sua voz é hoje verdadeiramente única. E se A Expansão Quatrocentista Portuguesa tiver algures um leitor interessado em criticá-la na Prelo, é favor ter a prosa pronta até ao fim de Junho.

Entretanto, nas primárias democratas, a candidata rebaixa-se a ideias fiscais dignas do pensamento político do seu oponente - nulas. Mais uma vez as mulheres são vítimas das campanhas dominadas pelos media, pelo dinheiro e pelos homens, está visto...

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3 Comments:

Anonymous Anónimo disse...

Podemos imaginar um diálogo entre dois membros do PCP sobre o assunto: "Já falaste com o teu banco? Não falei com o teu."

6:26 da tarde  
Blogger Filipe dos Santos disse...

"E se A Expansão Quatrocentista Portuguesa tiver algures um leitor interessado em criticá-la na Prelo, é favor ter a prosa pronta até ao fim de Junho."

Posso escrever eu?

11:18 da tarde  
Blogger CLeone disse...

Pode, Filipe. COnhece a edição anterior, que estava esgotada? Escreva-me um mail para a caixa de correio aqui dos amigos e eu na resposta explico o que é preciso para a crítica, ok?

9:43 da manhã  

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