quarta-feira, abril 23, 2008

Duas interessantes discussões

[c.Nick, Nearing Zero cartoon freeware]
dos últimos dias, encontrei-as pela bloga. A primeira faz-se do confronto de diferentes experiências da guerra colonial/de independência, atentamente inventariadas por Joana Lopes; a segunda tem que ver com o cabimento da "rua" numa democracia consolidada, aqui mesmo iniciada pelo Carlos Leone, tocada por Paulo Pinto Mascarenhas no blogue da Atlântico, e abordada num registo clássico de condescendente pelo Luís Rainha, no 5Dias.

8 Comments:

Anonymous Anónimo disse...

Parece-me um pouco dificil de comparar (mesmo em termos teóricos) uma manifestação contra polícias e uma manifestação contra pretos. Sinto que à alguma diferença em termos de liberdade. Será uma impressão só minha?
E mesmo que fossem comparaveis à luz da lei, merecem o mesmo espaço de reflexão. Ao compara-las não estamos a desculpabilizar as atitudes racistas?

10:29 da manhã  
Blogger CLeone disse...

Olá Cláudia
Obrigado pela referência, mas tenho de te fazer uma observação. Tal como a despolitização te impede de ver como o carisma de um Obama se reusme a uma máquina multimilionaria de publicidade e a itneresse superficial de mass media por«novidades» (ocas, de preferÊncia), também a despolitização te faz confundir duas discussões. Vou de seguida postar sobre isto.
Mas, como se pode ver no comentário acima, a tua leitura confunde problemas e presta-se facilmente a manipulações: nos links que dás, temos o problema em tais termos que é «natural» alguém que assina «tarique» montar teorias da conspiração e falar de porrada da polícia sem mais nem menos; e aqui, um tal «uzi» (nome de metralhadora israelita) fala normalmente de manif contra a policia como se a polícia fosse afinal criminosa e sugere desculpabilizar racismo como se or acismo não fosse combatido pela lei democrática e, quando preciso, pela polícia.
Eu não discuto nestes termos, nem nos da Atlântico (que os usa também). E tu também não, se vires bem.

12:46 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

"Eu não discuto nestes termos" Afinal o que é que tu discutes? Se uma manifestação é ilegal, é ilegal e ponto final. Os responsáveis sofrerão as consequencias e fim de historia. So what? faz-te confusão que digam mal nos policias? Se for uma manifestação anti-palhaços ilegal é melhor ou pior? e uma manif pró pedófilos? e uma contra homossexuais...

3:09 da tarde  
Blogger CLeone disse...

se é ponto final não sei para quê continuar. E sim, percebeu bem: dizer mal (belo eufemismo) de polícias é na realidade atacar a legalidade, tal e qual como actuar por manif's ilegais.
Não percebendo isso, fica-se a fazer perguntas retóricas sobre manif' pró pedófilos e anti-gays, etc, etc, viva a fantasmagoria. Não são termos que me interessem, bom proveito, metralhadora encravada.

4:05 da tarde  
Blogger Cláudia [ACV] disse...

Sr./Sra.Uzi,

a única equivalência que me ocorre é a seguinte: alguém que vive num Estado democrático e escolhe usar o constitucionalíssimo direito à manifestação para se professar contrário a uma ou mais forças de segurança, ou à quantidade de melanina na pele de não sei quantos cidadãos, está consciente ou inconscientemente a instrumentalizar uma prerrogativa democrática, portanto, tem uma ideia de democracia muito distorcida. Porquê? Porque defende a utilização de instrumentos tipicamente democráticos na defesa de ideias que nada têm que ver com esse tipo de vida em sociedade. Estado racialmente estanque e/ou sem forças de segurança públicas? A não ser que se tenha conscientemente, por único objectivo, a desagregação daquilo que a duras penas se conseguiu civilizacionalmente, são propostas que representam, na minha opinião, um enorme nada intelectual e moral.

Carlos,
[nem vou falar de Obama, já que me fazes passar por engolidora de soundbytes, pá]

a) podes chamar-me com propriedade despartidarizada; despolitizada é que é exagero, não?

b)devo ter sido ultra-sintética, porque não vejo onde induzi quem lê a erro: referi-me a dois posts (PPM e LR) que manifestam (ok, com tergiversações skins vs. okupas) esta diferença de entendimento do peso e valor da "rua" na actualidade; há quem ache que a defesa de ideias entre o descabelado e o extremista é inofensiva e gira, e há quem ache que ela pode representar uma tendência para a deturpação do jogo democrático. Era apenas isto a que eu queria aludir. Ah, e eu perspectivo a "rua" (neste tipo de manifestações anti-polícia, anti-melanina) no segundo sentido - aí não terei sido clara. Fica a nota.

Bom feriado a ambos.

4:41 da tarde  
Blogger CLeone disse...

olá
não és despartidarizada nem despolitizada, claro, falava com alguma latitude;
agradeço a nota, eu tinha percebido, nunca duvidei da tua boa fé e seriedade, apenas argumento de outro modo (ligeiramente).
Quanto ao Obama, ok, deixemos isso :)

5:39 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Desculpem interromper a V. troca de galhardetes.

25/4 SEMPRE!

10:59 da manhã  
Blogger Cláudia [ACV] disse...

esteja à vontade :)

10:46 da tarde  

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