Por favor, salvem-nos!
A Grécia (com uns miseráveis 15% de aprovação), como se sabe, conheceu, e ainda conhece, uma longa ditadura comunista e é, desde ontem, um dos mais importantes países católicos na Europa e no Mundo. Portugal, além de ter conhecido uma ditadura comunista de quase cinquenta anos, é um país fervorosamente católico em que, como se não bastasse o elevadíssimo número de casamentos católicos, baptizados, primeiras comunhões e comunhões solenes, para não falar nos templos cheios de gente a rezar e a ouvir missa, há cada mais jovens a querem entrar em Seminários – que estão a rebentar pelas costuras – e mulheres a lutarem, desesperadamente, por um lugar num Convento ou reprimindo quotidianamente vocações inexplicáveis. Na Itália é exactamente a mesma coisa. Mussolini foi um malvado dum comunista, as procissões sucedem-se, tal como romagens e peregrinações, já para não falar em milagres e aparições de toda a sorte que encharcam os media e as conversas quotidianas, ao ponto de Bento XVI estar a pensar revelar, para pôr cobro à alienação dos italianos e italianas, o seu ateísmo de décadas. Sobre o Chipre, Daniel Oliveira pode garantir que a paisagem é idêntica à da Grécia. E depois, claro está, há sempre esses países homogénea, fervorosa ou exclusivamente católicos e nostálgicos do Comunismo como a Hungria, a Eslovénia, a Eslováquia e os Países Bálticos. Finalmente, mas por outras razões, devemos recordar esse outro país de fortíssima tradição protestante que é a Bélgica (com honrosos 62%), e que por isso vê os seus cidadãos apoiarem casamentos entre homossexuais e adopções por homossexuais a torto e a direito. E depois, claro está, há a Espanha (com promissores 56%). Muito aberta, muito democrática, muito tolerante. Afinal, haverá maior sinal de tolerância – além de modernidade e de progresso – numa sociedade do que o apoio quase incondicional ao casamento entre homossexuais ou à adopção por estes de criancinhas? E claro, como ser racional e muito conhecedor, lá está Daniel Oliveira a garantir que a Espanha é muito católica e os espanhóis também (a sério!), o franquismo foi uma ditadura comunista, mas que, apesar disso, foi salva pelo “desenvolvimento económico” e pela “política.”
2 Comments:
Ah malandro, que me roubaste o post...
Feliz Natal!
"conservadorismo católico e comunista."
Não é a mesma coisa.
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