Conhecidos e Desconhecidos
A celebração do Dia de Todos os Santos no primeiro de Novembro foi integrada no calendário católico por Gregório IV, em 835. Alguns séculos antes, os primeiros cristãos celebravam os seus defuntos, de modo especial os seus mártires, pela época pascal. Em Roma, desde 610, culto semelhante foi instituído por Bonifácio IV, em 13 de Maio. Diz-se que nesse dia, todas as relíquias de mártires romanos guardadas nas catacumbas foram levadas até ao antiquíssimo Panteão, posteriormente rebaptizado Igreja de Santa Maria e dos Santos Mártires. Pio X, já no séc. XX, elevou a data a uma das oito festas solenes católicas, tornando-a antecâmara do dia de Finados, ou Fiéis Defuntos, de que há registo cultual desde o séc. XI, por iniciativa clunicense.
Ambos os dias se cumprem contra o esquecimento. Contra o esquecimento de pessoas excepcionais, independentemente de terem ou não sido historicamente reconhecidas. Contra o esquecimento dos que chamamos nossos, dos que partiram e nos faltam, dos que nos lembram que o nosso tempo terreno tem fim certo, e que há que o viver o mais e melhor que soubermos.
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