quarta-feira, novembro 01, 2006

Acabou o colonialismo português. Paz à sua alma!

Cahora Bassa, a barragem construída em Moçambique pelo malvado colonialismo português em vésperas da descolonização, foi vendida a preço de saldo a Moçambique. Segundo o presidente daquela excelsa república fundada pela FRELIMO e por Samora Machel, parece que só agora acabou efectivamente o colonialismo. A incompetência e a displicência com que todos os governos portugueses nos últimos trinta e anos trataram – ou não trataram – do assunto ficará nos anais. A decisão de construí-la, também. No Portugal dos Pequeninos já se disse bastante sobre o assunto. Não me parece por isso que valha a pena acrescentar grande coisa. Excepto, claro, apurar o nome e, sobretudo, a razão pela qual vários portugueses com currículo obscuro na área da gestão empresarial andaram por lá – ou seria sobretudo por cá? – a fazer. Custar-me-ia acreditar que pudesse ter sido apenas a cobrança de salários e prémios um pouco acima da média daquilo que afere um gestor qualificado numa empresa portuguesa bem gerida. No Parlamento não há ninguém que tenha alguma coisa para perguntar sobre tão obscuro e ruinosos negócio com mais de três décadas?
Nota: Foto do "bota acima".

1 Comments:

Anonymous Anónimo disse...

Eu não percebo nada do assunto, mas, daquilo que vejo, não vejo nada de mal.

Portugal construiu Cahora Bassa tal como os ingleses construíram Kariba. Portugal construiu o Caminho-de-Ferro de Benguela tal como os ingleses construíram 1001 caminhos-de-ferro na Índia.

Quando as colónias se tornaram independentes, naturalmente que todos esses bens teriam, mais tarde ou mais cedo, que passar para os novos países.

Se o objetivo da República Portuguesa não é derir empreendimentos económicos, e sim privatizá-los ou de outra forma vendê-los, é evidente que a República Portuguesa não poderia continuar a gerir uma barragem, muito menos situada em território estrangeiro.

Luís Lavoura

10:29 da manhã  

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