segunda-feira, abril 24, 2006
Dornes é uma pequena aldeia em curta península que avança pelo rio Zêzere. Vale por si mesma, por causa da paisagem, do casario bem conservado e, especialmente, da capela. Ou como elemento de uma «rota dos templários», da qual outros pontos de interesse são Tomar e o Castelo de Almourol. Neste fim-de-semana, infelizmente não prolongado, andei por esta região. Fiquei bem impressionado não só com a beleza natural de alguns sítios, mas também com a oferta cultural. No convento de Tomar, por exemplo, estava em cartaz uma adaptação teatral de O Nome da Rosa de Umberto Eco. Nesta cidade ou na Sertã tropeçava em anúncios de exposições e de concertos. Estaria perante um exemplo das potencialidades do turismo em Portugal se não fossem os incêndios. Segundo o dono de uma estalagem, as animadoras vagas de turistas nórdicos sofreram uma quebra abrupta há quatro anos. Parece que a região foi mesmo excluída dos roteiros escandinavos. Contou o homem que, no ano passado, um casal de estrangeiros ia a entrar na estalagem e, vendo uma coluna de fumo a subir perto de Vila de Rei, deu meia volta. «Não há fumo sem fogo», terão pensado. Há sinais de fumo que valem por muitas palavras e muitas imagens.
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