É uma pena constatar que as observações feitas aqui o ano passado sobre a despolitização da vida pública e a disseminação de um modo distópico de relação com a coisa pública se confirmam e, na realidade, ultrapassam o antecipado.
Enquanto a comunicação social sistematicamente subtrai informação sobre os esquemas (não «negócios», isso seria sério) e sobre as associações sistemáticas das mesmas pessoas em bancos, partidos, órgãos de soberania, que cada vez mais nitidamente são a «obra» da Direita portuguesa nas duas últimas décadas, a Esquerda perde tempo (e desperdiça recursos) com desafios a que os «responsáveis» se expliquem, como se o essencial não fosse fazer o eleitorado conhecer os factos já públicos: decisões, financiamentos, campanhas, etc., tudo está documentado. Basta fazer saber e deixar os portugueses julgar.
Utópico? Político.
Etiquetas: despolitização; distopia; memória; comunicação social
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home