sábado, maio 19, 2007
Será? Inimigo dificilmente terá razões para ser (deliberadamente). Precisa de aliados na Europa, e a prudência diplomática portuguesa de par com um empenhamento no fundo com a o projecto europeu e um compromisso com o reformismo económico provavelmente não auspiciam dificuldades em Paris. E convem a Sarkozy o apoio dos luso-descendentes em França.
O Paulo Gorjão vê na proposta de União do Mediterrâneo uma manifestação de indesejável competição com os interesses portugueses nesta zona. Não creio. Parece ser uma ideia vaga, eleitoralista e provavelmente condenada ao fracasso, pois parece difícil de distinguir do objectivo final actual da Pareceria Euro-Mediterrânica, e nada oferece de novo à Turquia. Sobretudo, Portugal sabe que não pode promover sozinho o interesse pelo Magrebe (ou por África) na UE, precisa do apoio de alguns países grandes como a França. Sozinho, sem a UE, pouco pesa.
Mas há um pequeno detalhe nada amigável que surgiu nas propostas eleitorais de Sarkozy: um imposto sobre os TIR, os pesados internacionais, que transitam por França. As consequências para os transportadores e as exportações Portuguesas seriam péssimas. Felizmente duvido que a UE vá nisso por violação das regras do mercado único (creio que a Alemanha tentou algo assim e teve de se contentar com subida das portagens). O governo, no entanto, poderia ir vendo isso com o novo morador do Eliseu.
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