quinta-feira, maio 10, 2007

Independentes

Ao que parece as eleições intercalares para a Câmara Municipal de Lisboa estão a colocar, para já, em tudo quanto é noticiário, a possibilidade de virem a acontecer umas quantas candidaturas independentes. Independentemente destas virem, ou não, a acontecer, os independentes e as independentes querem, naturalmente, aparecer como gente acima dos partidos, questionando a ética baixa que caracteriza os mesmos e os seus putativos candidatos. É verdade que nos partidos há muito a criticar e a melhorar. Eu diria mesmo, e porque vivemos em democracia, que há tudo a criticar e a melhorar. No entanto, os e as independentes, no caso das eleições para a Câmara Municipal de Lisboa, não só passaram anos ou décadas em partidos políticos, como são o que são politicamente por causa da sua militância em partidos. Por outro lado, não basta apenas que queiram mostrar a sua superioridade ética ou moral. Será imprescindível que apresentem "projectos" ou "programas" e, sobretudo, formas exequíveis de os aplicar. Em resumo, e apesar de ser o que é o ponto de partida das auto-desejadas candidaturas, tudo será e terá muito de política e quase nada de ética.
E depois há que recordar o facto de Portugal ter à frente de muitas das suas autarquias “independentes” pouco ou nada recomendáveis. Ao menos do ponto de vista “ético.”

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