A Turquia, que muitos querem meter a qualquer preço na União Europeia, atravessa nas últimas semanas uma crise política que está pôr em causa o funcionamento de um regime democrático ainda muito débil. Apesar de a economia turca crescer hoje com taxas superiores a 5% ao ano, sucedem-se acontecimentos que nos fazem pensar que mais valerá à União Europeia que temos não importar problemas de que não só não necessita como jamais será capaz de ajudar a resolver. Há dias, em prol da defesa do Estado laico, tiveram lugar na Turquia várias manifestações e pressões absolutamente ilegítimas das Forças Armadas sobre as instituições democraticamente eleitas. Tudo porque, aparentemente, poderá vir a ser eleito no parlamento, e
para ocupar a presidência da República,
um homem que não esconde as suas moderadas simpatias pelo Islão. Entretanto,
hoje, teve lugar um
acto de repressão policial brutal da polícia sobre manifestantes que desejavam dirigir-se à Praça Taksim, em Istambul, para homenagear os 37 manifestantes que ali foram mortos aquando das celebrações ocorridas no longínquo 1.º de Maio de 1977. Uma Praça que desde 1980, ano de golpe militar, se encontra encerrada a qualquer acto político ou cívico. Resumindo e concluindo: ainda bem que a Turquia não faz parte da União Europeia. E já agora que a União Europeia nunca venha a fazer parte da Turquia.
Etiquetas: Turquia; União Europeia; Democracia; Laicismo; Islão; Manifestções; Forças Armadas.
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