sexta-feira, janeiro 12, 2007
Ontem os partidários do “sim” à liberalização do aborto responderam aos partidários do “não”. Concretamente às afirmações destes segundo as quais a prática do aborto coloca as mulheres, clinicamente, numa situação de “stress pós traumático” (penso que foi esta a expressão usada). A resposta de especialistas partidários do “sim” foi no sentido não apenas de desqualificarem cientificamente aquela conclusão mas, também, de afirmarem que, segundo inúmeros estudos sérios sobre o assunto, um aborto provoca afinal numa mulher um misto de “alivio” e de “tristeza.”
Entre os partidários do “sim” presentes na sessão de esclarecimento encontrava-se a Dra. Maria Belo que quis reforçar a desdramatização dos efeitos psicológicos e psiquiátricos do aborto nas mulheres. Fê-lo afirmando que a “tristeza” e o “alívio” que todas as mulheres sentem ao praticarem um aborto se pode comparar ao do fim de um namoro. Ouvi estas interessantes palavras na telefonia do meu carro enquanto cruzava Montemor-o-Novo, a caminho de Lisboa. Como o aborto e o fim de um namoro são afinal a mesma coisa, até Vendas Novas tentei recordar-me do número de abortos que fiz nos últimos trinta e tal anos e de que não me tinha dado conta. Ainda foram uns quantos. Snif, snif!
4 Comments:
Nunca desconfiei de que no fim de um namoro houvesse necessidade de anestesia...
E engates de Verão? Contam?
Miss Pearls, vou pensar! Talvez cim, talvez não! Mas quem deve saber responder é a Dra. Maria Belo.
"sim" e não "cim".
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