No perfil que
Daniel Piza traçou de
Paulo Francis dei pela primeira vez com o
jobbism. À boca da década de oitenta, um Francis de meia-idade desiludira-se com tudo o mais que não estivesse ao seu directo alcance: "Procuro ser um bom jornalista, cumprir o meu dever, ganhar a vida. É um triste destino para quem achava que podia fazer tanto por seu país." A máxima ecoava a mundividência de um outro
jobbist, Edmund Wilson. Continuando a puxar da meada, chegamos a
Oliver Wendell Holmes, o mais chão dos
Transcendentalistas.
Um destes homens suportou a ditadura, outro desiludiu-se com a democracia, e outro participou numa guerra fratricida.
Une-os a todos a descoberta da dignidade profissional enquanto último e inoxidável instrumento de participação social. Não será a pólvora, mas para mim o
jobbism foi um achado. Que funcionará, quando muita gente o achar também.
2 Comments:
Eu diria que mais importante que a "participação social" é estarmos de bem com Deus. O resto virá por acréscimo. Mesmo o "jobbism"...
Luís, o teu comentário levanta questões identitárias que ainda não toquei: fé e religião no espaço comum, laico e secularizado. Hei-de fazê-lo em breve.
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