sábado, março 28, 2009

É a nossa sina

Uma selecção que remate 26 vezes num jogo e não marque um só golo tem necessariamente um grave problema. Portugal clama por Liedson, o novo salvador da Pátria, para resolver este 31.
O rescaldo da partida do Estádio do Dragão é simples: mais do mesmo. Vou buscar a calculadora...

3 Comments:

Blogger CLeone disse...

Sina ou irrelevância das estatísticas em jogos? Portugal clama por Liedson? Não reparei. Nas Antas só assobios a Ronaldo, que joga num ccampeonato mais exigente do que o nosso e mesmo assim é o melhor marcador da Europa, de Cmapeonatos e da CHampions; mas na seçlecção nem os livres marca, à conta de Deco e Duda, grandes especialistas...
Portugal não ganha porque:
bons jogadores não são chamados (Quaresma);
ou são chamados e vão para abancada (Maniche)
ou para o banco e de lá não saem(Nani,pareceiro de Rnaldo no MU, ou Moutinho, o único médio portuguÊs que anda a marcar golos regularmente)
ou saem do banco muito tarde (Deco);
ou são mal substituídos (Tiago)
ou substituidos demasiado tarde (Dany).
COm Scolari jogávamos mal e éramos eliminados nas fases finais; com Queiroz jogamos melhor mas nem à fase final chegaremos. Ao menos assim podemos apreciar o Mundial com menos sofrimento, ainda que à custa do talento desperdiçado. Deixa a calculadora,
Abraço

2:49 da tarde  
Blogger David Soares disse...

As estatísticas parecem-me um dos vários indicadores do rumo do jogo. Elas ajudam a perceber que Portugal, neste jogo, falhou na altura decisiva – a do golo. O que queria realçar é que este sempre foi o calcanhar de aquiles da nossa selecção. Na defesa, por muitas alterações (boas e más) que surjam, ela apresenta-se sempre segura. Se não aparecer é por acidente, não é sistematicamente má. De memória, talvez a sua última má performance tenha sido frente à Alemanha no Mundial, ainda com Scolari. O meio campo português tem funcionado apesar das convocatórias discutíveis. Também se podia argumentar: Para quê o Quaresma? Nesta altura, não tem rotina de jogo, não está melhor que Simão, Nani ou Ronaldo. O problema com Portugal nunca foram a falta de extremos de qualidade. Para quê o Maniche? Não me parece nesta altura em melhor forma do que o Raul Meireles ou mesmo que um Tiago. Não foi por falta de oportunidades criadas que Portugal não marcou. O problema reside aí: Portugal tem necessidade de criar a mais para marcar um simples golo. O futebol fantasiasta que praticamos é pouco vertical, tem de se consumar, tornar-se pragmático e frio e não consegue. Embatemos contra o gelo da Suécia que me parece que não jogou mal: fez o seu jogo, que é uma coisa diferente. Arrisco dizer que talvez seja, neste momento, uma selecção mais personalizada do que a nossa.
Com a selecção lusa, o único sector a falhar foi o atacante. Se marcássemos um golo não havia este frenesim que hoje preenche as páginas desportivas dos jornais. Por falar em jornais, aí é notória a pressão para que Liedson se naturalize português, não para beneficiar o Sporting nem para apanhar o sol algarvio... mas porque se torna mais uma opção atacante que se pensa que remediará um mal que desde os tempos de Eusébio não se corrige. Este é um tema de balneáro, de federação, de seleccionador, de adepto, etc. Pensa-se que ele fará o que Postigas, Hugos Almeidas, Nunos Gomes, Pauletas e companhias nunca conseguiram fazer: colocar a bola na baliza do adversário, se possível, com regularidade.
Portugal não ganha jogos, admito que por más opções tácticas e que haja responsabilidade do treinador, mas sobretudo porque não treinam juntos tempo suficiente antes dos jogos (depois acham que resolvem tudo sozinhos e ouvem assobiadelas,etc) e os jogadores acham que a selecção é apenas uma montra internacional para se mostrarem, esquecendo-se de, por vezes, suar a camisola, jogar em equipa, trabalhando para a nação futebolística.
Na minha opinião, acho que jogávamos melhor com Scolari do que com Queiroz e a selecção era eliminada em fases finais porque não concretizava. Queiroz herdou este problema e juntou-lhe outros. Mas estou como diz Madaíl: enquanto for matematicamente possível, lá estaremos a fazer as contas. É a nossa sina...

Abraço

4:25 da tarde  
Blogger CLeone disse...

ehehe, a bola para o povo...
Concordo com muito do que dizes sobre a transição Scolari-Queiroz e a diferença de gosto não me incomoda. Acho que te equivocas ao pensar que Dany, em pré-temporada na Rússia, está melhor que Quaresma, ou que Deco, vindo de uma lesão, está melhor do que Maniche, mas isso é o menos.
Em termos de fundo, o que me parece é isto: não vi individualismo nenhum neste jogo, as assobiadelas foram pura e simplesmente estúpidas; depois, tens razão sobre a Suécia ser mais equipa que nós, o que se deve a escolher os melhores jogadores (memso que velhos e na reforma, como Larsson) e a ter um modelo de jogo que os aproveita bem - cois que POrtugal há muito não tem.
Não temos avançados centro clássicos que justifiquem jogar-se com 2 extremos nem sequer avançados em número suficiente para jogar por norma com 3 no ataque (e Liedson, neste esquema, tb não renderá); do memso modo, temos demasiados médios para usar só 3 no meio campo, ainda por cima não tendo 3 médios que, sem mais ajudas, aguentem essa zona (3 até temos, mas sem substitutos à altura); na defesa, podíamos ter naturalizado um lateral esquerdo (sou contra naturalizações, mas pronto), mas afinal foi um central que agora joga a trinco...; na baliza, temos de facto a sina dos cruzamentos. Concordo que o essencial se joga do meio campo paaa frente, mas enquanto se insistir no 4-3-3 para que não temos jogadores em vez do 4-4-2 ou mesmo do 4-5-1 que se justifica, Liedson não vai resolver nada.
Mas não pdoemso deixar de acreditar, pois...
abraço

10:17 da manhã  

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