sábado, março 21, 2009

Ainda Watchmen

Segui o conselho que aqui foi dado e rumei à sala de cinema para ver o filme. Gostei do que vi e, sendo redutor, resumo o filme a uma questão: Quem é que afinal vigia os vigilantes? Foi para responder a esta pergunta que o guionista Alan Moore criou a personagem Watchmen, criando uma ruptura na banda desenhada de super-heróis, levantando uma série de outras questões: Como seria a vida real de alguém que se disfarça para fazer justiça pelas próprias mãos? Seriam os super-heróis modelos de virtudes? Ou teriam comportamentos marginais, à semelhança dos seus arqui-inimigos? E se os justiceiros fossem mais um problema do que uma solução? Concordo, Carlos, must see.

2 Comments:

Blogger CLeone disse...

Olá David
O meu post, além de demasiado reve, não permite resposta a essa pergunta, por isso aqui ficam os dois males um pouco remediados:
os heróis do filme são pouco super, quer na fase em que a história decorre quer na actividade anterior, em que efectivamente combatiam o crime. «Super poderes» só um os tem, fazendo aliás pouco uso deles. Pessoalmente, e isto vale para o filme e para o livro que lhe deu origem (e que o filme reproduz fielmente e com muita eficácia, esta última bem árdua de obter), creio que o argumento insiste menos na necessidade de vigiar os vigilantes (pois as coisas nunca acabam realmente...) do que na necessidade de escrutinar quem tem o poder de determinar o que deve ser vigiado ou não (o filme fez bem em não tentar actualizar as referências algo datads do livro, a Nixon e ao mundo dos anos '80, acho eu, por ainda serem bem percepetíveis). Mas ambos os problemas estão presente, claro, são indissociáveis.
Aliás, é este génerd de discussão que (mesmo não sendo a história uma tragédia grega) diferencia o filme de podutos mais infantis (filmes de super heróis vulgares), mais vazios (sin city, etc) e até de outras coisas valiosas do género («V», como referia no meu post).
Abraço

11:00 da manhã  
Blogger David Soares disse...

O teu post foi bastante sugestivo, levou-me a uma série de questões que coloquei. Vigiar os vigilantes talvez seja uma questão mais secundária, embora acompanhando sempre o filme. Vigiar comportamentos desviantes nos super-heróis para evitar que os seus próprios interesses se desviassem dos da sociedade (que nunca se pensou verdadeiramente de que nem sempre podiam coincidir) é uma questão sempre presente. Afinal, que uso fazem os super-heróis do poder? Não sei se eles são pouco super, acho que são um super que não estávamos habituados a ver. Não voam, não têm visão raio X, esqueletos indestrutíveis, invisibilidade, etc, mas continuam super-heróis sem super-poderes.

Abraço

1:51 da tarde  

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