Que Estado?
Espero que tenham ouvido com atenção o excelente discurso do ministro António Costa. Ele falou de um Estado que seja capaz de providenciar 'bens públicos de qualidade' e mais 'igualdade de oportunidades'. Um Estado, portanto, que não esteja ao serviço dos funcionários públicos, como parecem querer o BE e o PCP e os sindicatos da função pública, mas do público. Um Estado, portanto, que não privatize a eito, sem ganho para os cidadãos e com perdas para o Estado, como parecem querer o PSD e o CDS, e foi o caso da privatização dos notários (ou seria o caso da reforma da segurança social).
4 Comments:
Parece que o Costa chegou a gabar-se de que o PS está a fazer a reforma que a direita quis fazer e não foi capaz...
Eu escreveria o seguinte: "Assim resumidinho o governo do PS quer um Estado eficiente, financeiramente sustentável, socialmente responsável. Vai ser difícil, até porque falta cultura de exigência, de serviço, e de responsabilidade em todo o lado" no PS e no Governo.
A privatização dos notários foi excelente para o cidadão: hoje marco escrituras para o dia seguinte (por vezes para o próprio dia); antes da privatização demorava-se um mês para conseguir uma vaga pelo processo "normal" ou uma semana "untando as mãos" ao 1º Ajudante... Qualquer pessoa com o mínimo de experiência nesta área lhe poderá confirmar o que acabo de lhe dizer!
Cumprimentos. Miguel
Caro Fernando, realmente despois da queda do Santana Lopes isto ficou uma rebaldaria. Mas deixa estar que o primeiro-ministro Marques Mendes, com a ajuda prometida do Alberto João Jardim, vai mostrar como é que se faz melhor e sem greves, claro, porque promete mais reformas mas com mais jeitinho.
Caro Miguel, admito que tenha razão, claro. E agradeço a informação. Só não sei se não seria possível fazer isso dentro de um Estado capaz de estabelecer metas, recompensar o mérito. Mas temo que, como disse no poste, provavelmente fosse difícil, pela tal falta de cultura de serviço.
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