Caricaturas islâmicas
Claro que como diz Deus aqui (e fala com particular autoridade nesta questão): os muçulmanos têm direito de protestar pacificamente. E até, se acharem que a lei dinamarquesa foi violada, fazer uma queixa contra os jornais em causa. Claro que os muçulmanos têm o direito de deixar de comprar estas publicações. Mas é pena que muitos não consigam perceber que toda a gente numa sociedade livre tem de viver com expressões humorísticas a que acha menos piada. E é tristemente cómico ver tanta indignação contra cartoons que caricaturam (alegam) todos os muçulmanos como bombistas, mas logo depois haver ameaças de bomba contra o jornal em causa; ameaças contra todos os dinamarqueses que vivem no Médio Oriente ou até na Dinamarca; boicotes de todos os produtos dinamarqueses. Já é tempo de se perceber que são os fanáticos que dão um mau nome ao Islão, não são uns desenhos humorísticos.
Mas (não sei é a resposta multicultural, mas será a bem-pensante) é preciso não cair na ideia de que TODOS os muçulmanos são igualmente fanáticos. Os fanáticos sempre foram mais barulhentos, e portanto mais visíveis do que os moderados. E os moderados no países islâmicos têm pouco espaço de manobra, estão sob particular ameaça. Mesmo assim houve quem tenha tido a coragem de arriscar vida e emprego ao publicar os cartoons, como o fez um editor de um jornal na Jordânia. Assim as massas podiam saber contra o que é se estavam a manifestar.
2 Comments:
Como já foi explicado, a proibição de imagens do Profeta vale apenas para a maioria sunita. Não para os chiitas. O mesmo se diga dos protestantes e judeus (anti-imagens idólatras) e os católicos que as usam e abusam...
O turbante é persa, chiita, não indiano...
Bem vindo EUROLIBERAL. O turbante é indiano (usado pelos muçulmanos), mas também persa - tem toda a razão - e até turco. Mas não é árabe da Arábia. Era esse o sentido da piada.
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