Há vinte anos: mais precisamente entre Outubro e Novembro, três revistas dirigidas ao público feminino português chegaram às bancas, mexendo na modorra do consumo estrito de congéneres francesas e anglo-saxónicas, ou dos tradicionais magazines de lavores e mundanidades cá do quarteirão. A
Máxima, a
Elle e a
Marie Claire foram expressão e referência populares de um país em mudança de usos e costumes, onde entre anúncios a cremes e inventários de tendências estilísticas couberam também, entre outros, textos de Agustina Bessa-Luís, ou de Lobo Antunes, produções de moda com o trabalho de jovens criadores que hoje temos por valores seguros, entrevistas com personagens da cena política nacional e internacional,
dossiers sobre saúde, cultura. Parabéns às duas primeiras, que resistem, ainda que com cada vez menos letra e cada vez mais imagem. Ante a incipiência vistosa da quase totalidade das suas novas concorrentes, ambas (quanto a mim, em particular a
Máxima) seguem a léguas de qualidade. Parabéns também a jornalistas como Margarida Marante, Maria Elisa Domingues ou Maria Antónia Palla, que ao longo dos anos fizeram desses títulos mais que um exercício de saudável futilidade.
Pela Bloga: Quem ainda não deu pela
Dieta Rochemback ou pelo
Tame The Kant espreite por lá, que não perde a viagem. Ah, também não conhecia o blogue do
João Tordo.
Ocidente-Oriente: Passam trezentos anos sobre a morte de Tomás Pereira, matemático, astrónomo, geógrafo e músico português. Este cientista jesuíta, personalidade de percurso e obra singulares, será objecto de reflexão no
colóquio internacional a realizar-se de 13 a 15 de Outubro, no Centro Científico e Cultural de Macau.
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