É uma espécie curiosa e que é sobretudo visível no cinema. No entanto, eles existem, são bem reais, andam aí entre a vida e a morte. Desde os condenados à pena capital, os dead men walking americanos ou chineses, até aos doentes terminais ou com doenças com real risco de morte. O que todas estas espécies de mortos-vivos partilham, parece-me, é a distância, o alheamento face a muito do ram-ram que se convencionou chamar vida. O zoombie é por excelência um alheado. Vejam no cinema. Noutra coisa essencial o cinema acerta ao tratar do morto-vivo. Ele concentra-se compreensivelmente em comer. Ou seja, em manter-se vivo. Quem o poderá culpar? Vivo, ou morto-vivo - como diriam os profissionais da gestão - há que definir prioridades. Mas como George Romero (um especialista na espécie) deixa antever em obra mais recente, um total alheamento é capaz de cansar até um morto-vivo. A vida entranha-se realmente; embora, segundo parece, só possa acabar mal.
Etiquetas: Morto Vivo
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