sábado, outubro 28, 2006

O meu “Grande Português” é o Infante D. Henrique.

Sobre o concurso os Grandes Portugueses, de que se alguma coisa sei aprendi através dos blogues, decidi hoje pronunciar-me comunicando a minha escolha. Voto no Infante D. Henrique. O mais notável da “ínclita geração”, o pai dos descobrimentos portugueses – a ele por isso devemos aquilo que desde o século XV fomos, somos e seremos. Homem empreendedor como poucos, fundou uma escola náutica em Sagres que parece nunca ter existido, foi mestre da Ordem de Cristo – se a memória me não atraiçoa –, estratego da construção de um Império português e cristão no Norte de África, carrasco voluntário do seu irmão, o infante D. Fernando, e empresário – comerciou ouro e malagueta oriunda da Guiné e foi o primeiro importador de escravos africanos para a metrópole. Parece que não apreciava o suposto eurofilismo do seu outro irmão, D. Pedro. Nunca terá navegado mais do que entre duas margens de um ou outro rio, e, ainda por cima, ao que se dizia nos meus tempos de estudante adolescente no “Liceu” D. João de Castro, o Infante D. Henrique foi homem casto. A castidade dos outros sempre me impressionou, mas posso assegurar que nunca conheci casto português como o Infante D. Henrique. E depois há o Padrão dos Descobrimentos, com ele no topo, de caravela nas mãos à espera que a maré suba para lançá-la ao rio. Já lá vão, segundo dizem, 66 anos!
Nota: Podia votar em D. João II. Mas D. João II, um dos maiores, senão o maior rei português, el hombre, como lhe chamava Isabel a Católica, apostou e perdeu. Foi uma pena. E que pena.

2 Comments:

Anonymous Anónimo disse...

O Infante não teria dupla nacionalidade?

9:33 da manhã  
Anonymous Anónimo disse...

E se tinha a dupla nacionalidade não será muito arriscado ele ser considerado o maior português em Lisboa e em Lencaster ninguém dar nada por ele?No estilo o campeão nacional não tem lugar na liga europeia...

4:54 da tarde  

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