Segundo os cientistas que vêm decifrando toda a informação contida no genoma humano, somente 0,1% do dito genoma nos distingue, o que significa que partilhamos 99,9% do nosso património genético. Actualmente existem variados esforços no sentido de se criar um mapa dos padrões de variação genética entre os seres humanos para permitir investigar o que pode afectar a saúde e o modo como as doenças com origem em vários genes são ou não influenciáveis. Escusado será dizer que estamos perante um admirável mundo novo que tal como o livro escrito por Aldous Huxley que
brevemente será adaptado, poderá possibilitar a emergência de um (hipotético) futuro biologicamente e psicologicamente ultra-estruturado. Se for esse o caso, valha-nos o “selvagem” John que, visto como algo aberrante, cria um fascínio estranho entre os habitantes do "admirável mundo novo
".Mais tarde, Aldous Huxley escreveu outro livro chamado "
Retorno ao Admirável Mundo Novo", que se caracteriza por um ensaio onde demonstra que muitas das "profecias" da sua obra estavam a ser realizadas graças ao progresso científico. Actualmente, estaremos assim tão longe destas ideias?
2 Comments:
O conhecimento pode implicar alguns riscos. Mas protegeríamos melhor a nossa liberdade com o desconhecimento?
Caro Carlos Pires,
Conhecer é um risco e o conhecimento é fundamental para o exercício da liberdade.
Mas o cientificamente possível é eticamente viável? O que valorizamos quando pretendemos conhecer? Como nos situamos perante "o admirável mundo novo"?
Qual a relação entre liberdade e responsabilidade?
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